Michel Temer, 76, mal havia assumido como presidente interino e foi logo criticado por montar um ministério de “homens brancos e velhos”. Alguns desses já caíram, e Grace Mendonça furou o clube do bolinha ao ser nomeada para o comando da AGU (Advocacia-Geral da União).
A questão é que talvez o perfil do primeiro escalão faça pouca ou nenhuma diferença para a representatividade dos jovens brasileiros no cenário político. O TAB conferiu que as ideias e propostas apoiadas pelos deputados “millennials” em Brasília têm muito a ver com as cabeças brancas e calvas da equipe de Temer.
Se tomarmos por base o Estatuto da Juventude, que considera jovem uma pessoa com menos de 30 anos, essa “bancada” conta 19 integrantes na Câmara, sendo que 18 deles vêm de famílias e partidos tradicionais - esse grupo não representa nem 4% do plenário completo. Diversidade também não é uma marca - 73% são brancos e quase 90% são homens. Votos e opiniões dessa tropa são muitas vezes mais conservadores que a de seus pares mais velhos. Metade foi eleita pelo mesmo partido de um familiar: PSDB, PMDB, SD, DEM, PP e PTB.