ONDE O SAMU NÃO CHEGA

Cenas captadas pelo fotógrafo André Lucas em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, registram o atendimento de médicos pagos pela própria comunidade

André Lucas/UOL
O distrito de Vila Andrade, do qual o bairro faz parte, tem 226 casos suspeitos de Covid-19 e difícil acesso aos serviços de saúde
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Moradores contrataram três ambulâncias e 27 pessoas, entre médicos, enfermeiros e socorristas, para fazer atendimento nas ruas estreitas do bairro. Cada ambulância custa R$ 5 mil por dia
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Moradores com suspeita de Covid-19 são levados para uma UBS (Unidade Básica de Saúde) ou uma AMA (Assistência Médica Ambulatorial)
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Na unidade de atendimento é colhido material para o teste de PCR: se o paciente precisar de isolamento, fica em uma das escolas preparadas para atender a comunidade. Se piorar, é levado de ambulância para um hospital de referência
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Dividimos a Vila Andrade em 50 microrregiões e elegemos voluntários locais. Cada um cuida de uma região. São moradores que ajudam a distribuir doações sem aglomerações e que chamam ambulância, caso alguém precise

Daniel Cavareti
Coordenador nacional do G10 das Favelas
André Lucas/UOL

É como se fosse uma situação de guerra, você sente medo. Fotografo comunidades há muitos anos, já vi treta com a polícia, alguma ação sendo feita ali, mas registrar esse inimigo invisível é diferente

André Lucas
Fotógrafo
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Dentro da comunidade, as condições de moradia dificultam a prática do isolamento social. Há casas onde moram oito ou nove pessoas
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Quando esteve lá, Lucas registrou um morador com suspeita de Covid-19 sendo levado pela ambulância para a UBS
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Duas escolas estaduais viraram centros de isolamento para quem apresenta suspeita e prefere evitar o contágio de familiares. A ação contou com apoio do governo
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A gente começou a ver que as políticas públicas não iam chegar à favela. Esses cuidados divulgados não levavam em consideração as especificidades da comunidade

Daniel Cavareti
Coordenador geral do G10 das Favelas
Paraisópolis foi a primeira região a receber infraestrutura para enfrentar o novo coronavírus pela iniciativa do G10, um grupo que reúne lideranças das dez maiores comunidades do país. O projeto deve ser exportado para outras comunidades, como Heliópolis (SP) e Maré (RJ)
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Desde que a pandemia estourou, comércios fecharam as portas e os bailes foram cancelados, mas a vida continua acontecendo nas calçadas
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Parte da equipe médica contratada mudou-se para Paraisópolis para estar disponível 24 horas por dia nos atendimentos
André Lucas/UOL
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Publicado em 16 de Maio de 2020.

Reportagem
Letícia Naísa

Arte
Santhiago Lopes

Edição
Olívia Fraga

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