Da selfie ao bisturi

Uma época em que filtros de app fazem cirurgias virtuais

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Antes, quem queria fazer uma operação plástica levava a foto de uma celebridade como referência para o resultado desejado
Hoje, os jovens levam seu celular para o consultório para exibir sua imagem filtrada por aplicativos que turbinam selfies
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Pesquisa da associação dos cirurgiões dos EUA apontou que "ficar bem na foto" era o principal motivo da intervenção para 55% das pacientes
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Em 2013, só 13% argumentavam isso, ou seja, quadruplicou o percentual em quatro anos
O fenômeno foi batizado de dismorfia do Snapchat, em referência ao app que popularizou os filtros faciais
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A pele fica lisa, a boca carnuda, os olhos amendoados e nariz mais fino
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A dismorfia corporal atinge até 2% da população mundial
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A dismorfia é um transtorno mental que distorce a percepção da imagem própria
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Aplicativos como Snapchat, Instagram ou Facetune são simples ferramentas para muitos
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Mas para quem tem dismorfia, principalmente garotas adolescentes, os filtros catalisam a insatisfação extrema da aparência
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Pesquisadores da faculdade de medicina da Universidade de Boston (EUA) classificaram a tendência como "perigosa"
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A transformação digital é gratuita e demora menos de um segundo após o rosto ser esquadrinhado pelo app
Já uma operação plástica de olho e nariz custa em média R$ 15 mil, com no mínimo duas semanas de recuperação
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Os cirurgiões plásticos, em média, recusam 25% dos pacientes, a maioria por buscarem resultados tão irreais quanto os idealizados nos aplicativos
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As pacientes nunca vão ficar felizes com a operação, e os médicos não querem a dor de cabeça da "insatisfação garantida"

Reportagem
Rodrigo Bertolotto

Arte
Daniel Neri

Edição
Daniel Tozzi

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