Revolução dos Bichos

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Tá na moda

TextoLilian FerreiraDesignDenise SaitoIlustraçãoFernando Leal

É o último grito. Não fique fora. Corra ao mercado e peça uma carne com selo de bem-estar animal. Se ainda tiver, claro. Se preocupar com o sofrimento do bicho em vida antes de ele virar seu bife acebolado virou uma tendência mundial que ganha força no Brasil. Mas por aqui praticamente nenhuma carne tem essa garantia - e a que tem é cara. Aliás, como quase toda última moda.

Se a questão ética que envolve o tema não basta para convencer, saiba que o tratamento dado ao animal também influencia na qualidade e sabor da carne, do ovo e do leite. Se ele não passa por estresse, a carne fica mais macia e menos fibrosa. Os ovos, segundos pesquisas, têm mais vitaminas. Isso não tem nada a ver com vegetarianismo. E não vale o argumento "já que eu mato para comer, então estou causando mal de qualquer jeito". É plenamente possível comer carne ou derivados de animais sem que eles tenham sido maltratados ou sofrido na hora da morte. Esse é o conceito que precisa ficar claro.

É possível comer a carne de um animal que teve uma vida boa e morte sem dor.

Temple Grandin, professora de Bem-Estar Animal da Universidade Estadual do Colorado, nos EUA, e uma das maiores especialistas sobre o tema no mundo.

Todas as grandes produtoras do Brasil se comprometeram a adotar medidas que visam ao bem-estar dos animais, pois isso também resulta em maior produtividade. O desafio é colocar essa carne "melhor" na mesa do brasileiro. Há várias marcas na Europa e nos EUA, o que garante preços competitivos. Por aqui, só uma empresa que vende em supermercados tem o selo internacional que atesta a origem daquele produto. Sua produção, no entanto, representa cerca de 0,07% dos 12,7 milhões de toneladas de frango produzidas por ano no país.

Com essa escala, o preço se torna o maior entrave para a virada - o peito de frango com o selo é três vezes mais caro. "Acreditamos que, ao termos mais mercado consumidor, poderemos aumentar a produção e com isso o preço tende a cair", explica Luiz Carlos Demattê Filho, diretor industrial e coordenador das pesquisas para bem-estar animal da Korin, que produz frangos, ovos e agora está começando a produção de carne bovina certificada. Apesar do compromisso, a preocupação permanece: como aplicar todas as normas dessa "criação feliz" a uma das maiores cadeias de produção de carne e derivados do mundo?

Durante sua leitura viraram comida*

240vacas

O Brasil tem o segundo maior rebanho do mundo e é o maior exportador. Em 2014, foram abatidos quase 34 milhões de bois

60leitões

O país está em quarto lugar no ranking de produção e exportação mundial. Em 2014, foram abatidos cerca de 37 milhões de leitões

10.080frangos

O Brasil é o terceiro produtor mundial e líder em exportação. Em 2014, foram abatidas quase 5,5 bilhões de aves

128.989ovos

O país é o sétimo maior produtor do mundo. Em 2014, foram produzidos quase 34 bilhões de ovos

* dados de abate do IBGE 2014

Você se preocupa com o bem-estar dos animais que são transformados em alimento?

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Produção industrial

O principal problema é que, pensando numa grande escala, a vaca no brejo, a galinha ciscando no terreiro e a porca toda suja de lama são só doces lembranças. Foi preciso criar uma produção industrial, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, para atender ao explosivo poder de consumo da população. Os animais passaram a ser tratados como máquinas que produzem alimentos e, ao longo dos anos, foram enfiados em ambientes cada vez menores - o que era visto como eficiência do processo.

Mas, ao contrário do que muitos pensam, os animais que viram comida são os que têm "melhor" vida. O maior problema fica naqueles que nossos olhos não veem (e nossas cabeças nem pensam). As galinhas que botam ovos e as porcas que são mães dos leitões sofrem ao extremo - e, por isso, também são alvos das principais campanhas de proteção. Passam a vida inteira em gaiolas extremamente apertadas. As galinhas que botam ovos vivem em um espaço que, se levantam o pé, correm o risco de não colocá-lo no chão novamente. E não é difícil entender por que isso acontece. O animal que você come não pode estar machucado ou perder carne por uma briga. Já aquele que não é consumido diretamente...

A JBS, da Seara, disse que até 2016 criará porcas fora de gaiolas. A BRF, da Sadia e Perdigão, promete só para 2026.

Por isso a mudança agora é de paradigma. É entender que o "normal" até outro dia não é mais tão aceitável assim - seja porque a ciência descobriu que animais têm sistema nervoso mais desenvolvido do que imaginávamos, com sofrimento tanto físico quanto psicológico, ou porque é possível dar um melhor tratamento. Essa ruptura começou em 1965, na Inglaterra, e ao longo dos anos foi virando lei. Em 2012, a União Europeia proibiu o uso de gaiolas convencionais para as galinhas que botam ovos. No ano seguinte, foi a vez de proibir o confinamento contínuo de porcas em gaiolas. Alguns estados dos EUA e países como Nova Zelândia, Austrália e Canadá possuem leis semelhantes.

No Brasil, não há leis específicas sobre o bem-estar animal, embora uma lei feita por Getúlio Vargas em 1934 proíba os maus-tratos. No começo dos anos 2000 foi aprovada a Lei do Abate Humanitário, que diz como os animais devem ser mortos de maneira que não cause sofrimento e dá normas sobre o transporte. Só a partir do final da década surgiram recomendações específicas sobre o bem-estar animal. Hoje, cerca de 95% das galinhas poedeiras e 99,9% das porcas matrizes vivem em gaiolas. "Nós temos sim uma situação de crueldade em vários sistemas produtivos, que tem que mudar. E a gente já vê sinais de mudança", afirma Carla Forte Maiolino Molento, veterinária do Laboratório de Bem-estar Animal da Universidade Federal do Paraná. Dois fatores empurram a adequação: o Brasil ser um dos maiores exportadores de carne do mundo e a pressão de ONGs internacionais de proteção animal.

Os fornecedores de carne suína do
McDonald's também devem estar livres de gaiolas para porcas até 2022.

O processo não é simples. Leva tempo. E dinheiro, claro. O detalhe é que este está esperando no fim do túnel dessa criação feliz. "Os animais estressados, com dor ou mal-estar, sem alimento ou água adequados, não produzem em seu máximo potencial", afirma Tito Díaz, oficial regional de desenvolvimento pecuário da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Um hematoma num bovino de corte resulta em cerca de 500 g de carne perdidas. Pesquisas indicam que metade dos animais abatidos no país apresenta pelo menos um hematoma. Aliado a isso, as contusões fazem com que os cortes - muitas vezes as lesões são em partes nobres do boi - fiquem menos atrativos para o consumidor. "A grande mudança nos últimos anos é que o mercado entendeu que tratar bem os animais é lucrativo", endossa Everton Adriano Andrade, coordenador de Bem-estar Animal da JBS Carnes.

O mesmo trabalho de convencimento precisa ser feito na cadeia de porcos e aves. "Já foi provado por alguns estudos que a rentabilidade sem a gaiola de gestação de porcas é igual ou até melhor", afirma Paola Rueda, doutora em zootecnia e supervisora de bem-estar animal da ONG World Animal Protection. É o que tem sido observado na Granja Miunça, no Distrito Federal, pioneira em 2010 colocando 1/3 de sua produção em baias coletivas. Análise de Julia Neves em seu doutorado na UnB (Universidade de Brasília) mostra que, neste ano, as porcas inseminadas que logo voltam às baias têm período de gestação menor e mais filhotes nascidos vivos. As crias, por sua vez, são mais pesadas ao nascer e também ficam maiores com a idade do abate. Ou seja, lucro para o produtor.

A Unilever pôs 2020 como prazo para banir da fabricação de maionese Hellman's e outros produtos os ovos de galinhas criadas em gaiolas.

Outro ponto fundamental apontado por especialistas ouvidos pelo TAB não depende necessariamente de dinheiro. "O principal desafio é a educação e a capacitação do produtor, do industrial e dos consumidores", afirma Lizie Pereira Buss, veterinária da Comissão de Bem-Estar Animal do Ministério da Agricultura. O talento de funcionários de granjas, fazendas e frigoríficos é também o foco de Adroaldo Zanella, professor da USP (Universidade de São Paulo) e um dos maiores experts do mundo. "Qual é a diferença de tratar o animal de maneira gentil ou rude? O gasto psicológico é maior. Para a pessoa e para o animal. O cuidado do bem-estar tem que começar no útero. Falar alto, se aproximar do animal quando ele não quer etc. geram mudanças permanentes em seu cérebro", explica o professor, para quem o cenário no Brasil é positivo, salvo algumas divergências conceituais. "O que você vê é muita confusão. Você fala de bem-estar as pessoas estão assumindo redução de consumo. Na verdade o que precisamos é de um consumo ético que garanta que o animal foi bem tratado", completa Zanella.

Hoje o que vemos no mundo é um aumento tanto do consumo quanto da produção de carne. Segundo a FAO, estima-se que em 2023 o consumo global de carne por pessoa alcance 36,3 kg, o que equivale a 2,3 kg a mais que em 2014. E o consumo adicional vem basicamente de carne de aves (72%), seguido por porcos, ovelhas e bovinos, respectivamente. "O consumo de carne continuará forte nos países em desenvolvimento, em especial os asiáticos, mas a tendência atual é de queda nos países desenvolvidos e mais ricos, onde o consumo per capta já é mais alto, sendo o consumo de aves mais alto em todos os países", afirma Díaz. Vale destacar que o consumo de proteína por ano, segundo a FAO, é de 7,3 kg por pessoa. O Brasil tem um consumo de carne (78 Kg/pp) acima da média mundial (34kg/pp) e da média dos países da América Latina e Caribe (57,2kg/pp).

Como é a criação animal hoje?

Visitamos alguns dos locais de produção da Korin, no interior de São Paulo, e da JBS-Friboi, no Mato Grosso do Sul, para conhecer o processo que leva o selo de felicidade.

As cinco liberdades (dos animais)

Mandamentos do FAWC - Conselho de Bem-estar na Produção Animal do Reino Unido

Você pagaria mais caro para ter a garantia de que seu alimento não fez um animal sofrer?

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Ó vida cruel

Para entender o conceito de bem-estar animal é importante saber que os bichos são seres sencientes, ou seja, têm capacidade de ter experiências subjetivas dotadas de estados emocionais. Eles podem sentir dor, alegria e estresse. Assim, proporcionar essa condição não se trata de garantir a eles uma vida sem sofrimento, mas sim de não desrespeitar as respectivas necessidades, o que ocorre na criação tradicional - de acordo com Lizie Pereira Buss, veterinária do Ministério da Agricultura, animais em confinamento extremo são habitualmente privados de expressar seus comportamentos naturais, o que gera frustração, estresse, sentimentos ruins e até afeta sua longevidade.

No ápice dessa capacidade cognitiva estão os porcos. Muitas vezes comparados aos cães, a inteligência dos suínos não é tão focada na interação com humanos, mas apresenta níveis altíssimos. "Os porcos possuem habilidades cognitivas superiores a de cães e crianças de três anos de idade. A inteligência deles provavelmente os coloca na mesma categoria de elefantes, golfinhos e grandes primatas", explica Carolina Galvani Bruun, gerente sênior de Campanhas da HSI Brasil para Animais de Produção. Bastante sociáveis, eles são capazes de estabelecer relações complexas. Estudos já mostraram que porcos trabalham em grupo para escapar de baias, por exemplo. Por isso eles devem ter espaço para interagir e também para fugir de um dominante. Quando muito confinados e sem distrações, eles acabam estressados e atacam os rabos uns dos outros. Ficam depressivos. Além disso, separá-los das mães antes de três semanas leva a problemas de memória. Isso faz com que eles briguem mais porque não reconhecem o animal que vive com eles.

O Instituto Akatu revelou que 87% dos brasileiros prefeririam comprar produtos com bem-estar animal se preço e qualidade fossem mantidos.

"Já as galinhas têm habilidades cognitivas equivalentes às de mamíferos. São capazes de demonstrar autocontrole e estabelecer relações sociais complexas. Um estudo realizado na Inglaterra demonstrou que galinhas foram capazes de aprender que se elas recusassem comida imediatamente, ganhariam mais comida depois. Isso mostra capacidade de antecipar o futuro, algo atribuído anteriormente apenas a humanos e outros primatas. Elas se comunicam por diferentes sons, sentem empatia e mostram sinais de angústia ao ver outros da mesma espécie sofrendo", afirma Bruun.

Haja angústia das galinhas diante de um dos maiores problemas da indústria do ovo: o que fazer com os pintinhos machos. Hoje eles são macerados, jogados em máquinas trituradoras já no primeiro dia de vida. A prática é aceita pelas regras do bem-estar animal se feita dessa maneira, logo após nascerem. A justificativa é que o sistema nervoso ainda não está totalmente pronto. Mas pesquisas para evitar esse procedimento têm buscado identificar o sexo do embrião ainda dentro do ovo.

A Nestlé prometeu eliminar a criação de porcos e galinhas em gaiolas, o corte de caudas e a castração sem anestesia.

Como é proibido pelo Ministério da Agricultura que a indústria recorra a hormônios para acelerar o desenvolvimento dos bichos, um grande indicativo de mal-estar animal é o uso deliberado de antibióticos para estimular o crescimento ou eficiência alimentar. Se os animais vivem confinados, a proliferação de doenças é grande; doentes, eles crescem menos. Por isso, é comum a aplicação de antibióticos de maneira "preventiva" e não após a contaminação. Mas, além de ser ruim para o animal, é ruim para os humanos. Não só porque comemos a carne com antibiótico, mas porque selecionamos as bactérias, que têm se tornado resistentes. "Entre 60 e 70% são doenças comuns [entre homens e animais]. O uso de antimicrobianos é uma preocupação em todo o mundo, para evitar que eles exerçam esse papel de selecionar bactérias que podem cair na cadeia humana", explica Zanella.

Nesse contexto de compartilhamento de bactérias chegamos ao animal da cadeia que talvez seja o primeiro em que pensamos quando falamos sobre bem-estar: as vacas. "Os bovinos formam laços afetivos. Desempenham um comportamento conhecido como 'grooming' (lamber os pelos alheios), assim como fazem os chimpanzés, além de aprender umas com as outras e tomar atitudes baseadas em altruísmo e compaixão", explica Brunn. Elas têm excelente memória, além de utilizarem informações visuais, como rosto e porte, no reconhecimento de humanos. Mas essa habilidade pode fazer as vacas se assustarem com qualquer movimento mais brusco. E ao sofrer esse estresse, aumenta o pH da carne, que fica mais dura. Já as vacas leiteiras sofrem por não se mexerem muito. Com isso, sentem fortes dores nas pernas, além de apresentarem nódulos nas mamas constantemente.

Terminamos os animais de consumo? Ooops, não. Os peixes muitas vezes ficam fora de nossa preocupação por não serem tão próximos do convívio humano ou por desconhecimento de quanto eles de fato podem sentir. Mas a ciência diz que eles também são animais sencientes. Diversos trabalhos revelam comportamentos indicadores de memória e também de capacidade de aprendizagem complexa, como saber que animais são dominantes e evitar disputas. Eles também sentem medo e possuem as estruturas do cérebro que transmitem a dor em outros vertebrados. "Para todos os outros animais temos métodos de insensibilização antes do abate, mas há uma dificuldade muito grande em achar um método para peixes. São mais de 3.000 espécies e a biologia de cada um é diferente", afirma Zanella. Paola Rueda, da ONG World Animal Protection, explica que a densidade dos tanques de confinamento de peixes é muito grande e a insensibilização por gelo causa grande dor aos animais.

O uso preventivo de antibióticos em animais que irão virar comida expõe o consumidor a bactérias mais resistentes.

A carne é boa mesmo?

Dois especialistas avaliam a qualidade e o sabor de peças provenientes de animais que foram bem tratados e daqueles que receberam o procedimento padrão.

Você come muita carne? Calcule aqui

Em quantas refeições você come carne de vaca por semana?

Você come muita carne? Calcule aqui

Quanto você come em cada refeição? *cada bife tem cerca de 100g

Você come

28,8kg por ano

25,3kg é o consumo médio anual do brasileiro

25,4kg é o consumo médio anual na europa

6,5kg é o consumo médio anual no mundo

Pet ou produto?

Eles devem ser bem alimentados. Eles devem ter sombra e local para dormir. Eles devem ter brinquedos e distração. Estamos falando do animal de estimação ou de produção? Dos dois. Existem normas que guiam o bem-estar animal, e todas essas necessidades estão lá.

Mas erra quem pensa que esse padrão é ser criado livre, leve e solto. Pelo contrário: esse modo de criação sem controle pode causar sofrimento ao animal. "Isso (ser livre) não garante que ele tenha bem-estar. Existem criações em que o animal tem que andar muito para achar água, o capim é de má qualidade e ele pode ficar subnutrido, por exemplo", avalia Rueda. "É preciso utilizar ferramentas para melhorar a alimentação dos animais em períodos de seca, aumentar o sombreamento das pastagens e melhorar o enriquecimento ambiental nos sistemas intensivos e os procedimentos", explica Lizie Pereira Buss, veterinária do Ministério da Agricultura. Dessa maneira, o animal pode viver confinado, comer ração (só de origem vegetal) e ainda assim ter a garantia de que foi bem tratado. Por isso, não é necessária uma volta às origens ou muito mais terra para a produção.

Mais de 60 empresas dos EUA, como Burger King e Applebee's, já disseram que vão abandonar as gaiolas para porcas.

Muita gente pode fazer cara feia quando falamos que tratamos os animais como pessoas (geralmente sobre pets), mas a ideia é a mesma para os animais que viram comida. O certificado existente no Brasil chama-se Certified Humane (Certificado Humano, em tradução livre para o português) e as leis de abate dizem que o procedimento deve ocorrer de maneira humanitária.

É consenso entre os especialistas que os animais não sentem dor no momento da morte. A insensibilização é feita por choque (nos casos dos suínos e das aves) ou por uma pistola de ar (nos bovinos). Ela garante que o processo seja feito de maneira rápida e que o animal não entre em pânico. "O momento da insensibilização é como se o animal fosse anestesiado. Demora 150 milissegundos para o sinal da dor chegar ao cérebro, e a insensibilização ocorre em 15 milissegundos. Ele perde a consciência e morre pela sangria, que é o ideal", afirma Rueda.

Se medir a morte é algo mais simples, o sofrimento durante a vida ainda é material para estudo. Zanella faz parte de um consórcio internacional para se chegar a indicadores de bem-estar animal. "As questões que hoje mais vêm desafiando a academia são marcadores não invasivos, como medidas de análise de expressão facial dos animais. A gente tem hoje protocolos que transformam a criação animal em algo eticamente aceitável, mas ainda podemos melhorar", afirma. O caminho agora é de conhecimento maior em todas as etapas para só melhorar um negócio em que todo mundo ganha: o consumidor, com melhor qualidade, o animal com o bem-estar, e o produtor com melhor produtividade.

Lilian Ferreira

Editora de Ciência e Saúde do UOL. Preferia não saber a origem do que comia, mas agora só quer carne com bem-estar animal

tabuol@uol.com.br

Esta reportagem também contou com apoio de:

Reinaldo Canato, fotografia; Raphael Villar, câmera; Mariah Kay, edição de vídeo; Fernando Leal, ilustração.

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