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A ONU (Organização das Nações Unidas) já fez as contas: em 2050, duas a cada três pessoas viverão em cidades. Mas como fazer delas um lugar inspirador? Esse processo engatinha nas metrópoles brasileiras. A despeito da burocracia do Estado, temos por aqui dois fatores essenciais para uma arrancada. O primeiro é óbvio: cidades problemáticas. O segundo é a variável da equação: pessoas. Milhões delas. Ainda é um extrato minúsculo, mas algumas já direcionam suas vidas para, com inovação e criatividade, tomarem conta do seu meio e transformá-lo num lugar agradável para estar. São pessoas sob essa influência que o TAB convidou para apresentarem ideias que turbinem um momento de empoderamento coletivo. Se é viável em larga escala? Sim. Fácil? Muito longe disso. Mas também ninguém disse que seria.
Texto Luiz Romero
Design Denise Saito
Edição Daniel Tozzi
Para Ana Neute e Rafael Chvaicer, designers do estúdio NeuteChvaicer, uma cidade vira o lar de uma pessoa quando vai além de ser funcional. Ela precisa ser bonita. O espaço público deve ser um lugar de estar, com o acolhimento que uma casa proporciona. Isso precisa ser incorporado pela cidade. A questão, para eles, é que postes, placas e calçadas, como são hoje, fazem justamente o contrário - aumentam a sensação que a cidade serve apenas para ser percorrida. Ou pior: que a cidade não é um lugar acolhedor, mas um espaço de violência.
Ana e Rafael fazem luminárias. Por isso, pensam logo nos holofotes automáticos, instalados por medo de assaltos na frente de prédios e que acendem com a passagem de pedestres, como exemplos dessa arquitetura hostil. A lista desse tipo de mecanismo da malha urbana é enorme, mas todos querem que algum grupo - skatistas, ladrões, mendigos, desocupados, pombos - mantenham distância. Isso acaba por criar cidades que são violentas até nos mínimos detalhes. A dupla propõe um projeto dentro da especialidade deles para mudar isso.
"Hoje, o espaço público é visto por muitos apenas como um local de trânsito, atravessado para conseguir chegar a algum lugar"
Rafael Chvaicer
"Algo simples como uma fonte de luz localizada mais na altura das pessoas poderia ajudar a criar essa relação", afirma Ana. Ela dá o exemplo da lâmpada alaranjada do carrinho de pipoca, capaz de criar um espaço quase mágico ao redor. "Essa luz cria um lugar, dá uma identidade para aquele espaço. Acho que seria possível criar ambientes assim na cidade", completa.
"A iluminação que vem do alto, mais funcional, é necessária, porque consegue iluminar a rua inteira, de uma calçada à outra", explica Rafael. "Mas ela cria um espaço muito indistinto, sem volume, com os objetos todos chapados. Uma luz lateral criaria ambientes mais aconchegantes", completa. Segundo Ana, as pessoas talvez se sentissem mais seguras andando num lugar com luzes mais baixas. Quem sabe talvez até se sentissem à vontade para simplesmente perder um pouco de tempo na calçada.
Ana Neute e Rafael Chvaicer se conheceram na Faculdade de Arquitetura e foram unidos pela vontade de criar projetos reais. Hoje desenvolvem na NeuteChvaicer objetos e mobiliários, mas é com iluminação que eles realmente se identificam.
Como o sucesso pode ser possível num cenário tão desfavorável? Uma das respostas foi dada por Edward Glaeser, professor de Economia da Universidade de Harvard: as cidades são a grande invenção da espécie humana. A tese dele é simples. O professor afirma que centros urbanos atraem pessoas talentosas e fazem com que fiquem espremidas em calçadas, prédios e elevadores lotados. Soa ruim, mas é bom: essa proximidade aumenta a chance de um esbarrão criativo e de alguma ideia genial surgir. "Hoje, a prosperidade de Londres, Bangalore e Tóquio se deve à habilidade de produzir pensamento inovador", diz Glaeser em "Triumph of the City"
("Triunfo da Cidade", em tradução livre para o português - sem edição no Brasil). Criatividade, inovação e empreendedorismo, segundo o economista, são fomentados por densidade humana. "Cidades são motores de inovação desde que Platão e Sócrates se trombaram no mercado de Atenas", escreve. "Foram as ruas de Florença que nos deram a Renascença, enquanto as ruas de Birmingham nos apresentaram a Revolução Industrial". Então se você quer mudar algo, já sabe aonde ir. Mas tenha paciência. A maior invenção da história pertence a todos. O detalhe é que a maioria ainda não sabe. Ou finge não saber.
Os arquitetos da Vapor 324, estúdio multidisciplinar vizinho ao Edifício Copan, no centro de São Paulo, acreditam que falta ao paulistano espaços onde a inatividade, silêncio e observação possam ser praticados. "Em São Paulo, subir na cobertura de um prédio é uma experiência de choque, porque não estamos acostumados a olhar para a cidade de pontos de vista diferentes", afirma Thomas Frenk. "Você está sempre enfiado nessa massa densa, sua visão não tem chance de escapar", completa.
"Atravessar uma ponte sobre as marginais é sempre uma surpresa boa: de repente, você tem um horizonte, um pouco de natureza, parece um respiro", afirma o arquiteto Rodrigo Oliveira. A equipe do estúdio, que além de Oliveira e Frenk é formada por Fabio Riff e Fabrizio Lenci, sugere uma barca que navegaria os rios Tietê e Pinheiros, caso eles fossem nivelados para que pudessem ser percorridos.
"Com cheiro ou sem cheiro, é uma coisa que você convive"
Fábio Riff
A estrutura permitiria à cidade aproveitar de alguma forma seus esgotos abertos, que, segundo os arquitetos, estruturam a malha urbana de São Paulo e precisam ser mais valorizados e bem explorados. Esse "mirante aquático", cheio de plantas de raízes curtas (para não destruir o fundo da embarcação), pararia em seis estações pelo trajeto. Apesar dessa aparência de ônibus aquático, a primeira função não seria de transporte, mas de espaço onde se pudesse apenas parar por algumas horas. Mais do que percorrer a metrópole, emulando o ritmo dos carros, metrôs, bicicletas e trens paralelos aos rios, os navegantes flutuariam ou boiariam pelas margens da cidade.
Seriam entre 2h30 e 3h de percurso, ou cerca de 30 minutos entre cada estação. Essa viagem, que ironicamente poderia até ser mais rápida que o atravancado trânsito das marginais, ofereceria a chance de olhar a cidade de um novo ponto de vista, a partir de um lugar dedicado inteiramente ao ócio. Segundo o grupo, a barca usaria a distância entre o vazio da várzea e o amontoado de prédios das margens para permitir um olhar original e ocioso sobre a cidade.
Fabio Riff, Rodrigo Oliveira, Thomas Frenk e Fabrizio Lenci (da esq. para a dir.) são os quatro arquitetos da Vapor 324. Eles têm uma abordagem bem multidisciplinar: do design gráfico à cenografia, passando pelo audiovisual e instalações, mas sempre com o ambiente urbano como tema principal.
http://vapor324.com
vapor324@vapor324.com
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Em se falando da transformação urbana, o que começa com um esbarrão da tese de Edward Glaeser pode acabar na adoção de uma rua ou numa proposta de mobiliário urbano. A questão é criar as condições para a mudança, mesmo que seja tímida. O importante é ela ser instalada e depois modificada dependendo do impacto e da resposta da população ao protótipo. As cidades precisam dessa "permissão" para errar. A jornalista e pesquisadora Natália Garcia defende esse direito. Ela visitou 13 cidades na Europa e na América do Norte para uma pesquisa de soluções urbanas criativas que virou o projeto Cidades Para Pessoas.
Natália acredita que, com a simples possibilidade de testar e recuar em alguns projetos, uma cidade pode virar uma verdadeira plataforma de inovação. "Alguns de nossos problemas têm escalas gigantescas, mas também precisamos experimentar com iniciativas menores", diz a jornalista. Guilherme Ortenblad, integrante do coletivo de estúdios e pessoas que faz parklets e fundador do Zoom Arquitetura, endossa essa ideia. "Você pinta algo na calçada, isola um espaço com vasos ou cones, fecha uma rua por um período determinado. Se der certo, você mantém; se der errado, você muda", afirma.
Para responder aos exagerados 25% de área que os carros dominavam em San Francisco (EUA), o coletivo artístico Rebar resolveu em 2005 tomar de volta esse espaço por meio de uma ação de guerrilha. Integrantes do grupo inseriam dinheiro em parquímetros, estendiam pedaços de grama nas vagas dos carros e aproveitavam o espaço roubado dos veículos por algumas horas. Surgiam os parklets, estruturas de descanso, com bancos, mesas e suportes para bicicletas.
A maior surpresa para os artistas americanos foi a resposta positiva dos cidadãos - que assim como os paulistanos, tendem a valorizar suas preciosas vagas - e do poder público. A iniciativa chegou ao Brasil em 2012, quando um coletivo de estúdios de arquitetura começou a testar os parklets em São Paulo. Receberam aprovação quase unânime, inclusive da prefeitura, e partiram para construir mais estruturas temporárias. "Um espaço que antes servia a algo entre 30 e 40 carros, diariamente, hoje atende entre 300 e 400 pessoas", explica Guilherme Ortenblad, que integra o coletivo Parklit, responsável por metade dos 40 parklets instalados, e também participa do Zoom, cujo projeto para o TAB foi sobre como expandir essa intervenção.
"No protótipo, o próprio estudo de impacto é a ação. (...) É fazer para testar. Em vez de construir alguma infraestrutura gigante, você pinta algo na calçada, isola um espaço com vasos ou cones, fecha uma rua por um período determinado. Se der certo, você mantém; se der errado, você muda."
Guilherme Ortenblad
O conceito desenvolvido pelo Zoom envolve mais que retomar o espaço roubado pelos carros. A ideia é prototipar soluções para a cidade. Ou seja, criar peças de mobiliário urbano - de bancos e postes a passarelas e ciclovias -, que possam ser instaladas e depois modificadas, transpostas para outro lugar ou até removidas. A ideia é que esses objetos sejam testados no mundo real - claro que com todos os cuidados de segurança.
E o item flexível não precisa ser temporário. Ele pode ficar lá para sempre, mas a opção de ser adaptável abre um novo leque de possibilidades para obras na cidade. Isso porque um objeto pode ser remodelado levando em conta a resposta do público e como impactou o cenário. E isso em bem menos tempo que uma obra convencional. A cidade e seus moradores ganham uma nova espécie de rua, que pode ser ajustada de acordo com suas necessidades e as possibilidades do seu meio.
Alex Ninomia e Guilherme Ortenblad são dois dos arquitetos do coletivo Zoom. Como o próprio nome do estúdio já diz: eles atuam em diversas escalas de um projeto. Guilherme também faz parte do coletivo Parklit, responsável por grande parte dos parklets no Brasil.
http://zoom.arq.br
zoom@zoom.arq.br
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Toda essa prototipagem, testes, mudanças e afins numa cidade têm que resultar em bem-estar. Segundo uma pesquisa de 2011, divulgada na Urban Affairs Review, publicação acadêmica sobre urbanismo da Universidade de Chicago, pessoas são mais felizes quando vivem em cidades mais limpas e seguras. Até aí, mais do mesmo. Mas a pesquisa também indica que, acima desses dois, o fator que mais produz felicidade para moradores de grandes capitais é a beleza da cidade onde vivem. Para Ana Neute e Rafael Chvaicer, arquitetos do estúdio NeuteChvaicer, cidades mais bonitas ajudam as pessoas a entenderem o espaço urbano como algo além do funcional.
"Hoje o espaço público é visto por muitos apenas como um local de trânsito, atravessado para conseguir chegar em algum lugar", afirma Rafael. "Apenas quando as pessoas alcançam seus destinos, uma casa, uma loja, é que encontram um espaço de estar", completa. Segundo o arquiteto, o acolhimento da casa, um lugar de estar, precisa ser incorporado pela cidade. A dupla acredita que muitas partes do espaço urbano - postes, placas, calçadas - fazem exatamente o contrário: aumentam a sensação que a cidade serve apenas para ser percorrida. Ou pior: que a cidade não é um lugar acolhedor, mas um espaço de violência.
A saída contra a burocracia do poder público para muitos designers, arquitetos e urbanistas é usar aparelhos eletrônicos e plataformas digitais, que podem ser utilizados pelos cidadãos sem aprovações públicas. É o caso do projeto Bueiros Conectados, do designer Andrei Speridião. O aparelho eletrônico inventado por ele, um pequeno cubo branco que ficaria acoplado no cimento das tampas dos bueiros, pretende detectar e divulgar falhas num dos sistemas mais problemáticos da cidade.
Um sensor identifica quando o bueiro está cheio de sujeira e pode entupir, aumentando o risco de enchentes. Ele pode também ser acionado para indicar uma tampa quebrada, falha que aumenta o risco de acidentes com as pedestres, bicicletas e carros que passam no local; também identifica a integridade e alerta sobre quando aquele equipamento precisa de manutenção. O aparelho eletrônico, então, carrega essas informações para uma rede social na qual cidadãos podem adotar e monitorar bueiros importantes nas respectivas redondezas.
"É uma tentativa de inovação que parte da base da sociedade, dos cidadãos, para o topo. Dessa forma, você não precisa mais esperar que um especialista tome uma atitude para solucionar um problema urbano"
Andrei Speridião
O Bueiros Conectados reflete uma tendência maior, segundo o designer, de diluição de barreiras entre as pessoas e o poder público. "É uma tentativa de inovação que parte da base da sociedade, dos cidadãos, para o topo. Dessa forma, você não precisa mais esperar que um especialista tome uma atitude para solucionar um problema urbano", afirma Speridião.
O projeto, apresentado como trabalho de conclusão na Universidade de São Paulo, empodera os cidadãos ao fornecer informações sobre as condições do entorno e utiliza sensores para captar a enorme quantidade de dados produzida a todo segundo pela cidade. "Centros urbanos são fábricas de informação", afirma Speridião. E sistemas como o Bueiros Conectados e o Smart Citizen, outro projeto apresentado neste TAB, funcionam como filtros colocados nesses rios de dados, captando, tratando e disponibilizando essas informações.
Andrei Speridião é designer e líder da Iceland 2nd Nation, unidade focada em design e tecnologia da FLAGCX. Autodidata em 3D e computação gráfica, Andrei trabalha desde os 16 anos e hoje seu foco é em Internet da Coisas, interfaces humanas, tecnologias wearable e realidade virtual.
Os arquitetos Jan Gehl e Lars Gemzoe estudam urbanismo no lugar que melhor sabe construir cidades, a Escandinávia. Eles dizem que é preciso respeitar algumas regras na hora de produzir espaços onde as pessoas queiram estar. Em "New City Life" ("Nova Vida Urbana", sem edição no Brasil), a dupla defende 12 critérios para definir um bom espaço público. Entre algumas características, o lugar precisa ter espaço para caminhar e para prática de esportes, não pode ter poluição ou barulho e deve ser construído em escala humana - nada de obras monumentais. Tudo isso numa cidade? Claro que sim.
A jornalista Natália Garcia transformou as regras de Gehl e Gemzoe em cartazes, pendurados numa exposição na Matilha Cultural, em São Paulo. Inspirada pelos nórdicos, ela simplifica que o conceito "lugar de estar" remete a um espaço onde é "agradável permanecer". "Onde você não está respirando poluição, não está com os ouvidos cheios de barulho, não tem que gritar para ser ouvido, não sofre risco de ser assaltado", afirma. Além de tudo, um lugar que permite uma experiência rara, principalmente numa metrópole: momentos de inatividade, silêncio e observação.
A ideia do Smart Citizen está enraizada na pedra fundamental da rede FabLab: as próprias pessoas construírem algo com que sempre sonharam, mas que por alguma razão nunca existiu. "Os FabLabs surgiram dentro do MIT (sigla em inglês para Instituto de Tecnologia de Massachusetts) por causa de uma matéria que foi criada, chamada 'How to Make (almost) Everything'(Como Fazer Quase Tudo, em tradução livre para o português)", afirma Thiago Kunz, fotógrafo e criador do FabLab Belém.
A adesão à ideia foi tamanha que a disciplina do MIT virou uma rede mundial, formada por vários laboratórios pelo mundo, entre eles o de Barcelona, onde foi criado o Smart Citizen. Cada unidade tem uma identidade diferente, inserido na cultura da cidade onde se localiza. "A intenção é empoderar as pessoas para que elas possam construir objetos personalizados que sejam adaptados às suas necessidades", afirma Carolina Cardoso, arquiteta e guru do Garagem FabLab, que é aberto à comunidade e tem o desafio que replicar no Brasil o engajamento proposto pelo Smart Citizen - fazer do cidadão um sensor de problemas do seu meio e orientá-lo a compartilhar esses dados com qualquer outra pessoa conectada.
"A intenção é empoderar as pessoas para que elas possam construir objetos personalizados que sejam adaptados às suas necessidades"
Carolina Cardoso
Assim como o Bueiros Conectados, um dos projetos apresentado neste TAB, o Smart Citizen tem todos os elementos necessários para dar sentido ao que chamamos de Internet das Coisas e oferecer empoderamento às pessoas sobre o espaço urbano. O aparelho é formado por um hardware com vários sensores que transmitem e fazem ligação com o espaço externo, medindo os níveis de poluição do ar (índice de monóxido de carbono e dióxido de nitrogênio), poluição sonora, luminosidade, umidade e temperatura.
"O Smart Citizen não está adaptado ao contexto brasileiro. Então um dos principais objetivos era prototipá-lo aqui no Brasil e traduzi-lo para o português para que as pessoas possam ter acesso [à plataforma]", explica Carolina Cardoso. "E todas essas informações poderiam ser transmitidas de dentro da sua própria casa", completa. Para que isso seja possível, há uma plataforma online que recebe e gerencia os dados dos sensores de cada aparelho. Basta uma conexão wifi. A plataforma mostra o mapa da cidade com as informações reportadas pelos diferentes usuários, que podem ser compartilhadas por um aplicativo. O objetivo dos integrantes do Garagem FabLab é adicionar sensores ao equipamento para que seja possível, por exemplo, prever a chegada de chuvas em São Paulo.
Thiago Kunz e Carolina Cardoso são fotógrafo e criador do FabLab Belém e arquiteta e guru do Garagem FabLab, respectivamente. Thiago fundou a unidade belenense depois de construir sua própria impressora 3D e Carolina se dedica ao desenvolvimento de projetos que atendam às necessidades econômicas e ecológicas da população.
http://www.garagemfablab.com
info@garagemfablab.com
11 98905 0055
Os arquitetos da Vapor 324 abraçam a ideia da criação de espaços como o proposto pela jornalista Natália Garcia, onde inatividade, silêncio e observação triunfam sobre a massa urbana que, para eles, cria um ambiente claustrofóbico. A questão é como viabilizá-los. "O poder público ainda não possui muita estrutura para pensar em coisas pontuais na cidade", diz Natália. A saída contra a burocracia é recorrer a plataformas digitais - nesse quesito, a Prefeitura de São Paulo oferece um edital que visa ao incentivo da inovação digital. Entram aí o Bueiros Conectados, do designer Andrei Speridião, e o Smart Citizen, tocado pelos integrantes do Garagem FabLab,
um laboratório de fabricação digital. Os dois projetos possuem alguns aspectos em comum: empoderam o cidadão ao fornecer informações sobre as condições do entorno e utilizam sensores para captar a enorme quantidade de dados produzida por segundo pela cidade. Lidar com esse fluxo de informação é mais um exemplo da dimensão do desafio urbano. Tanto que todos os colaboradores deste TAB concordam que não existe solução mágica. Eles também são rápidos em dizer que nenhum de seus projetos conseguirá resolver muita coisa. No entanto, continuam tentando. Porque a cidade está aí para ser ocupada e agradável.
Colaborador do UOL. Partiu para rodar o mundo por várias cidades, mas sempre volta a Santo André.
tabuol@uol.com.brDesigner e faz-tudo do TAB. Desde pequena é desenhista, dançarina e fã de brócolis. Não contém glúten
tabuol@uol.com.brEsta reportagem também contou com apoio de:
Luiz Romero, reportagem. Apu Gomes, Daniel Mobilia, Danilo Verpa, Edson Silva, Fabio Braga, Junior Lago, Lalo de Almeida, Rivaldo Gomes, Robson Ventura e Wesley Lee Yang, fotografia; Rapahel Villar, câmera; Maryah Kay e Raquel Arriola, edição de vídeo. Agredecimentos: FabLab Barcelona.
é um conteúdo produzido semanalmente pela equipe do UOL. Nossa missão é entregar uma experiência única e interativa com conteúdo de alta qualidade, em formatos inovadores e com total independência editorial. TAB só é possível por causa do patrocínio de algumas marcas, que também acreditam em conteúdo de qualidade. We them big time.