Por quase três horas, os caras tocaram sambas tradicionais, sambas autorais (dos integrantes da bateria) e marchinhas. Sabrina Lana, de 23 anos, é uma das organizadoras. Ela contou ao TAB que o bloco, criado há quase 20 anos, começou com umas 30 pessoas, no máximo. O movimento nasceu do desejo de preservar e valorizar a cultura do Carnaval de rua que infelizmente estava se perdendo. "Conheço o Bloco desde os 15 anos, nasci no Jardim Ibirapuera. Com muita luta e suor, a galera reuniu sambistas e moradores da região e, em 2002, botou na rua o primeiro desfile Bloco do Beco." Depois do primeiro desfile, a equipe passou a promover encontros e debates informais sobre a importância de se manter viva a mobilização.
Grupos convidados costumam encerrar o desfile com maracatu, afoxé, ijexá e samba-reggae. "Ele já é tradição na nossa quebrada, então é uma responsabilidade enorme. O bairro inteiro espera por esse evento e o esforço para que dê tudo certo no dia é coletivo. Além da nossa equipe fixa, contamos com a ajuda de muitos voluntários."