O técnico em eletrônica Gleison, 49, levava uma vida que poderia ser chamada de comum ao lado da mulher e do casal de filhos, em Belo Horizonte. Até que, em fevereiro de 2010, recebeu uma notícia que mudou sua história.
"Naquele instante fiquei sem chão, incrédulo, ao ouvir do médico que se tratava de uma doença neurodegenerativa, progressiva e sem cura. Não consegui dormir a primeira noite, apenas chorei e lamentei que não teria muito mais tempo com meus filhos."
Ele havia sido diagnosticado com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica). Ficou assustado. Pensou sobre qual seria sua qualidade de vida e a de sua família. Mas buscou informações e decidiu repelir a desesperança que tomava conta dele.
Hoje, sete anos após o baque, Gleison vive limitado. Prazeres como comer, abraçar e praticar esportes não fazem mais parte da sua rotina. Consegue mexer apenas os músculos da face. Ainda assim, diz que segue com vontade de viver.