É meio "doido". Não tem dia certo para o dinheiro cair na conta, mas também não tem “chefe escroto” para aturar. O trabalho não enriquece outra pessoa - ao menos não diretamente - e há uma suposta liberdade criativa. Essa é a avaliação de Pryscila Colasso, 22, sobre seu jeito favorito de trabalhar: como freelancer.
Fotógrafa e designer, Pryscila é microempreendedora há cinco anos. "Acredito muito no poder da mais-valia. Acho que a gente vale muito mais do que o serviço que pagam para a gente fazer. Muitas vezes temos que aturar pessoas mal educadas para algo maior, que é o capitalismo", opina. "Eu prefiro tentar o máximo que eu posso, [o que é] um pouco impossível no momento, não participar disso", completa.
O momento atual ao qual ela se refere é a crise econômica. Pryscila hoje é contratada em regime CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho - uma exceção entre os jovens da sua idade. Ainda assim, faz freelas esporádicos. O mercado instável afeta os índices de desemprego, cada vez mais altos, mas é especialmente cruel com quem tem até 24 anos. Não é hora de perder um job.