"A primeira pessoa que vai chegar aos 1.000 anos de idade já nasceu." Essa frase pode causar espanto ou esperança — depende de como você encara a morte. O fato é que o cientista inglês Aubrey de Grey, autor da declaração, é um nome polêmico no campo da saúde. Ele é um dos nomes à frente das pesquisas atuais que buscam aumentar o tempo de vida dos seres humanos.
Chefe da fundação norte-americana Sens, De Grey não esconde suas ambições (tidas como "bem exageradas", segundo outros pesquisadores). "Eu virei biólogo porque percebi que quase ninguém estava trabalhando no problema mais importante do mundo: o fato de que nós ficamos doentes depois de algum tempo, e então morremos", discursou na série de conferência TED.
Com pesquisas também na empresa AgeX Therapeutics, ele tenta provar há mais de dez anos que o envelhecimento humano é "curável" e precisa ser tratado como o das máquinas. Ou seja, um problema físico, não biológico. Em vez de esperar estragar e tentar consertar, o melhor seria fazer a manutenção das 'peças' que causam problemas futuros, como em um carro. "Os problemas decorrentes da idade matam 100 mil pessoas todos os dias. São 70% de todas as mortes do mundo", alerta.