Os casais entram de mãos dadas na Inner Club. Em pouco tempo, aqueles dedos carinhosamente entrelaçados vão estar percorrendo outros corpos, arranhando traseiros alheios e estofados coletivos.
Caçadora, Renata* olha e se insinua para um casal de novinhas. Seu marido confia no gosto dela. O acordo deles é: ela comanda, ele nem opina. "Só não pode beber muito, porque aí ela pega qualquer uma", brinca Renan*.
"Transo com mulher desde a adolescência, mas meu gozo é na penetração, e só com meu marido. Não me acostumei com o cheiro dos outros homens", revela Renata, casada há 17 anos e com dois filhos adolescentes em casa enquanto os pais estão na gandaia.
O par desejado é lindo. Uma negra de cabelos cacheados e corpo moldado pelo vestido de vinil e uma loira de óculos e roupas soltas. Iluminadas pelos lasers coloridos, elas balançam no meio da pista e elevam a energia tesônica do lugar. Pela troca de carinhos e beijos, parece um apaixonadíssimo par monogâmico, mas, se estão no swing, é porque querem algo a mais.
Ao lado, uma veterana siliconada se atraca com uma ninfeta só de calcinha. O acompanhante grisalho de uma delas se aproxima e engata um beijo triplo. Os mundanos não têm idade. Ou melhor, têm todas.
Depois de muita lambeção, o trio vai cambaleante para a área reservada. Se na pista impera o soft porn, nas cabines o estilo é hardcore na casa de swing com 24 anos de tradição.
Aba Anônima publicará uma série de reportagens com um "test drive" de casas de swing pelo Brasil. Esta é a primeira.