O Exército ignorou alertas do Ibama sobre a caça ao javali ser usada para fraudar a compra e a movimentação de armas de fogo no Brasil. Isso acontece mesmo em regiões onde o animal, o único que pode ser caçado no país, nem sequer existe em vida livre.
O UOL apurou que a fraude foi possível graças a brechas nos protocolos de licenças do Ibama, encarregado de autorizar e monitorar a caça, e do Exército, responsável pela concessão e controle de armas dos chamados CACs (Colecionadores, Atiradores e Caçadores).
A reportagem conversou com servidores do Ibama que também integram o grupo de trabalho da nova edição do Plano Javali, que consolida a estratégia do governo federal sobre o tema.
O relatório será publicado em março e deve citar as fraudes processuais. A caça ao javali e ao javaporco — um híbrido que surgiu do cruzamento com porcos nativos —, autorizada em 2013, será mantida.