Em 1973, com o fortalecimento da atuação autônoma e clandestina do DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações ligado ao Centro de Operações de Defesa Interna) paulista na caçada aos últimos focos de resistência à ditadura, quadros residuais da AP (Ação Popular) espalhados pelo país entraram no radar da repressão. A organização havia rachado em 1972, quando a maior parte de seus militantes entrou para o PCdoB (Partido Comunista do Brasil). O grupo que restou, denominado APML (Ação Popular Marxista-Leninista) e liderado pelo ex-deputado cassado Paulo Stuart Wright e pelos líderes estudantis José Carlos Novaes da Mata Machado e Honestino Guimarães, foi exterminado pelo regime no biênio 1973-74.
A partir das informações fornecidas pelo infiltrado Gilberto Prata Soares, militantes e simpatizantes em vários estados desapareceram, foram presos ou mortos pela ditadura. A operação, segundo o ex-sargento Marival Chaves Dias do Canto, que atuou no DOI-Codi no período, foi comandada por dois oficiais do CIE (Centro de Informações do Exército) com histórico em centros clandestinos de tortura: os majores José Brant Teixeira e Paulo Malhães, o Dr. Pablo.