Quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou que o novo coronavírus estava fora de controle, cristãos pelo mundo todo ainda cantavam e celebravam a vida.
O sinal vermelho para as igrejas e denominações religiosas surgiu rápido. Na Coreia do Sul, cientistas detalharam o contágio de mais de 5.000 pessoas a partir de um único doente, a "paciente 31" — uma mulher de 61 anos que, já com sintomas de covid-19, recusou-se a fazer o exame e continuou frequentando a igreja cristã Shincheonji.
O distanciamento se fez necessário e virou matéria de discussão em toda parte. No STF (Supremo Tribunal Federal), no auge da pior fase da pandemia no Brasil, a maioria dos ministros decidiu que estados e municípios têm poder de vetar cultos. No estado de São Paulo, no entanto, a suspensão das atividades religiosas durou pouco. Com o fim da fase emergencial, em 9 de abril, igrejas abriram as portas mais uma vez. As opiniões sobre a volta se dividem.
Embora missas e cultos tenham acontecido ao longo do ano 1 da pandemia, festividades e atividades presididas por igrejas e comunidades católicas foram canceladas ou, no mínimo, drasticamente reduzidas. Além de serem uma das principais fontes de arrecadação das igrejas, também representam a união da comunidade. TAB ouviu três de seus representantes nas igrejas que frequentam, hoje vazias.