COM QUE WEARABLE EU VOU?
Duas em cada cinco pessoas sentem-se "peladas" sem seus wearables, sendo que pelo menos uma a cada quatro dorme com os relógios. É o que diz uma pesquisa de 2016 da Ericsson com mais de cinco mil indivíduos entre 15 e 65 anos no Brasil, China, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.
Ao todo, 43% dos entrevistados acreditavam que seus smartphones seriam substituídos pelos wearables, sendo que 40%, assim como Uras, já afirmam que passaram a olhar menos para as telas dos celulares por causa dos dispositivos.
Os relógios inteligentes são os primeiros dispositivos dessa categoria que estão tomando o lugar dos celulares, mas não são os únicos. Apenas metade dos entrevistados apostavam em relógios: eles também indicavam carteiras inteligentes, documentos de identificação conectados, câmeras de mão e até mesmo dispositivos vestíveis para avaliar glicose e pressão sanguínea.
Como a lista sugere, os wearables podem ou não ter uma tela. O que os une é o fato de estarem acoplados a nossos corpos e, portanto, expandirem nossas possibilidades enquanto seres humanos, quase como ciborgues.
"O fato é que o conceito de tela pouco importa. O que interessa não é a tela em si, mas a informação que ela transmite", afirma Camila Ghattas, cofundadora da Foreseekers, empresa de futurologia em Xangai, na China. "Dizemos erroneamente que alguém é viciado em celular. Somos viciados no que o celular pode transmitir e fazer por nós. Por isso, quando falamos do futuro, precisamos pensar na tecnologia que será cada vez mais natural para nós. E o celular é pouco natural", completa.