5h41. O dia nem amanheceu e o analista de TI Vitor Gonçalves, 24, já está na rua.
"Todo santo dia" ele sobe uma ruazinha íngreme até uma avenida do Grajaú, periferia da zona sul de São Paulo, onde pega um ônibus até a estação Grajaú, na linha 9-Esmeralda, operada pela ViaMobilidade (do grupo CCR).
5h50. Vitor passa na catraca do ônibus, tão lotado que a porta mal se fecha.
"É dureza, mas se não sair a essa hora, não dá tempo de chegar ao trabalho", diz ele, que é de Santos e há cerca de dois anos veio morar em São Paulo.
Fora o trajeto que faz de segunda a sexta ao trabalho, nos fins de semana também pega transporte público. "Domingo, por exemplo, se quero ir ao teatro ou procurar outra atividade de lazer — não tem perto, tem que ir pra longe."