profissão: futuro

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O presente da inovação

Usar padrões e a ciência para apontar o que vai acontecer em breve ou daqui a alguns anos é a especialidade de um novo tipo de profissional

O carro que está na sua garagem não será mais necessário em algumas décadas. Carros não tripulados e o desdém dos millennials cuidarão disso. O seu emprego com carteira assinada também tem prazo de validade. Com crise ou sem crise, a ONU (Organização das Nações Unidas) afirma em estudo que, até 2050, a taxa de desemprego global será de 20%. Caberá a você rever seu conceito de "estabilidade". Previsões como essas são feitas e disseminadas aos montes. Mas vale prestar muita atenção quando as mesmas são pensadas ou endossadas por um futurista, uma espécie de consultor de inovação. "Nosso trabalho é enxergar onde acontecem transformações nos padrões e entender como podem se comportar no futuro", explica o futurista Michell Zappa.

Campo de trabalho não falta para eles, assim como para outros profissionais com propósito parecido. O desejo de saber o que vai acontecer faz parte da natureza humana. Viver o tempo de forma linear é inerente à nossa existência - o homem é a única criatura com a consciência de que inevitavelmente morrerá um dia. Sabendo antes o que está do outro lado da curva, temos a chance de tomar decisões supostamente melhores.

A particularidade dos futuristas é que eles têm a tecnologia como maior inspiração. Eles são especialistas em entender os padrões de desenvolvimento de softwares, aplicativos, gadgets e avaliar como tudo isso irá influenciar nossa vida. Esse trabalho específico ainda é pouco disseminado no Brasil, mas nos Estados Unidos alguns futuristas são tratados como gurus. A maioria é fruto de carreiras brilhantes no mundo da tecnologia, como Ray Kurzweil, executivo do Google e cofundador da Singularity University, escola criada em 2009 no campus de pesquisa da Nasa, no Vale do Silício, justamente para formar pensadores como ele.

Texto Mariana Zylberkan

Design Denise Saito

Como se prevê o futuro?

O desenvolvimento de cenários futuros pode ser analisado por meio da observação dos padrões atuais, mas com uma pitada de intuição

Só tecnologia no horizonte

Se caminhamos para uma simbiose cada vez maior entre computadores e seres humanos, a profissão do futuro é aquela que consegue nos preparar para o desenvolvimento de tecnologias às quais estamos destinados a viver. É de Kurzweil, inclusive, uma das previsões mais ousadas.

Ele diz que, em 2045, estaremos vivendo o ápice da inteligência artificial, com nossos cérebros integrados a um córtex artificial, que funcionaria como o sistema atual de armazenamento de dados em nuvem. O objetivo seria multiplicar nossa inteligência e capacidade de reter informação.

Por que levar essa previsão a sério? Bom, porque Kurzweil é um dos futuristas e inovadores mais renomados do mundo e faz análises como essa desde os anos 1990 - acertou várias, claro. Em 1999, por exemplo, ele cravou que as pessoas poderiam dar voz de comando a seus computadores no fim dos anos 2000. Em 2007, foi lançada a interface Siri, adquirida pela Apple três anos depois e hoje disponível no sistema iOS.

Thomas Frey é outro expoente dessa área. Em comum, esses gurus do futuro são figuras escolhidas por gigantes da tecnologia, como o Google, para disseminar informações sobre um mundo cada vez mais dominado por essas empresas. Esse alinhamento quase ideológico pode levantar suspeitas, mas duvidar do poder da tecnologia para determinar como será nosso futuro é o mesmo que ignorar a inovação? Os futuristas dizem que sim. Para eles, o desenvolvimento exponencial da tecnologia que estamos destinados a presenciar irá torná-la ainda mais essencial em nossas vidas.

O fato é que investimento em inovação está entre as prioridades de empresas e governos, mesmo que muitas vezes as instituições não saibam muito bem como lidar com novos cenários. Saber o que está por vir barateia processos e permite reagir de forma mais rápida a acontecimentos determinantes, como a atual crise econômica em que o Brasil está inserido ou até o tsunami que matou milhares na Indonésia em 2004.

"A maioria das pessoas não pensa sobre situações que não tem ideia que possam acontecer. Já o futurista trabalha no campo do 'não sei que não sei'.", afirma o futurista Tiago Mattos.

Mattos é um dos poucos brasileiros que frequentou a Singularity University. Foi escolhido para fazer o curso em 2012 e desde então personifica o que acredita ser uma das maiores revoluções dos próximos anos: o fim da carreira profissional. Ele chama as múltiplas ocupações que teve até hoje de "encarnações": começou publicitário, virou empreendedor e, agora, é futurista.

"Não vamos ter mais empregos, o mundo será freelancer ou empreendedor e vamos exercer muitas atividades diferentes ao longo da vida. As lideranças serão rotativas e circunstanciais", afirma.

A mesma previsão é propagada por Thomas Frey. Em artigo publicado no site do Da Vinci Institute, consultoria de inovação empresarial da qual faz parte, ele defende que 40% da força de trabalho nos Estados Unidos será freelancer até 2020. Isso porque as sucessivas crises econômicas mundiais tendem a enxugar a estrutura física das empresas. Junto desse processo, as novas tecnologias vão permitir cada vez mais o trabalho remoto, o que já representa economia para as companhias e menos trânsito nas cidades. Para Frey, o futuro freelancer será abastecido pela geração de millennials que dominará o mercado. Avessos a longas jornadas de trabalho, eles irão priorizar projetos e não empregos.

Previsões como essa podem ser encontradas aos montes e feitas basicamente por qualquer pessoa, mas a diferença em relação às feitas pelos futuristas é o método. Não basta somente apostar. Há uma ciência por trás de tudo. Um dos princípios usados por eles é a Lei de Moore. Em 1965, o cofundador da Intel, Gordon Moore, descobriu que os processadores dobravam sua capacidade a cada 18 meses. Isso se tornou uma espécie de padrão de referência para a evolução da tecnologia e serve de parâmetro para as previsões dos futuristas.

Inspirado pela Lei de Moore, Kurzweil crê que em um futuro próximo a medicina irá evoluir para a personalização de diagnósticos e tratamentos na medida em que as informações sobre doenças irão aparecer no mapeamento do DNA do indivíduo.

Há alguns anos ter essa informação sobre cada pessoa era, além de caríssimo, quase impossível. Hoje, porém, a tecnologia permite que, ao enviar um cotonete com células de sua mucosa bucal para um laboratório nos Estados Unidos, você receba o resultado por e-mail em poucas semanas. O preço desse serviço gira em torno de US$ 100. Com base nisso, os futuristas creem que daqui a algumas décadas os tratamentos médicos serão todos preventivos, e os remédios serão formulados para cada indivíduo especificamente, de acordo com seu sequenciamento genético. A previsão, portanto, tem como referência algo que já existe - o avanço da tecnologia genética -, que é extrapolado para chegar ao futuro.

Para frente e avante

Como é a rotina dessa turma? Um futurista, um economista, um meteorologista e uma cool hunter falam sobre seu trabalho

Saiba o que te espera até 2090

2020

TVs holográficas se tornam comuns nos lares
- Temperatura global subirá 1ºC
- Implantes cerebrais irão recuperar memórias perdidas
- Impressoras 3D serão a nova forma de obter roupas novas
- Carros compartilhados se tornam cada vez mais populares

2025

Órgãos passam a ser reproduzidos por impressoras 3D
- Mãos robóticas se igualam à capacidade humana
- Cientistas conseguem trazer espécies extintas de volta à vida
- Maioria dos carros novos são híbridos ou elétricos
- Depressão se torna a principal doença mundial
- Metade dos shopping centers nos EUA irão fechar

2030

União Europeia entra em colapso
- Internet terabit (65 mil vezes mais rápida que 4G) é popularizada
- Veículos não-tripulados são popularizados
- Pessoas mortas voltam à vida em hologramas

2035

É encontrada a cura para a Doença de Alzheimer
- Realidade virtual reproduz sensações de drogas e sexo
- Teremos o primeiro trilionário

2040

Telepatia virtual domina as formas de comunicação
- Acidentes aéreos deixam de existir
- Preconceito contra homossexuais deixa de existir
- População branca se torna minoria nos Estados Unidos

2045

Robôs substituem pessoas nos afazeres domésticos
- Mais da metade da floresta Amazônica estará desmatada
- Engenharia genética "desenha" bebês

2060

Sistemas econômicos e políticos entram em profundas mudanças
- Tecnologia transforma a educação
- Tratamentos de longevidade interrompem o envelhecimento

2070

Islã se torna a religião dominante no mundo
- Casas se tornam totalmente automatizadas
- Camada de ozônio é totalmente reconstruída
- O primeiro elevador espacial é lançado

2080

Túnel transatlântico está em construção
- Existe uma moeda global

2090

Muitas línguas se tornam extintas
- Empregos têm carga horária de até 20 horas semanais

Saiba o que te espera até 2090

2020

TVs holográficas se tornam comuns nos lares
- Temperatura global subirá 1ºC
- Implantes cerebrais irão recuperar memórias perdidas
- Impressoras 3D serão a nova forma de obter roupas novas
- Carros compartilhados se tornam cada vez mais populares

2025

Órgãos passam a ser reproduzidos por impressoras 3D
- Mãos robóticas se igualam à capacidade humana
- Cientistas conseguem trazer espécies extintas de volta à vida
- Maioria dos carros novos são híbridos ou elétricos
- Depressão se torna a principal doença mundial
- Metade dos shopping centers nos EUA irão fechar

2030

União Europeia entra em colapso
- Internet terabit (65 mil vezes mais rápida que 4G) é popularizada
- Veículos não-tripulados são popularizados
- Pessoas mortas voltam à vida em hologramas

2035

É encontrada a cura para a Doença de Alzheimer
- Realidade virtual reproduz sensações de drogas e sexo
- Teremos o primeiro trilionário

2040

Telepatia virtual domina as formas de comunicação
- Acidentes aéreos deixam de existir
- Preconceito contra homossexuais deixa de existir
- População branca se torna minoria nos Estados Unidos

2045

Robôs substituem pessoas nos afazeres domésticos
- Mais da metade da floresta Amazônica estará desmatada
- Engenharia genética "desenha" bebês

2060

Sistemas econômicos e políticos entram em profundas mudanças
- Tecnologia transforma a educação
- Tratamentos de longevidade interrompem o envelhecimento

2070

Islã se torna a religião dominante no mundo
- Casas se tornam totalmente automatizadas
- Camada de ozônio é totalmente reconstruída
- O primeiro elevador espacial é lançado

2080

Túnel transatlântico está em construção
- Existe uma moeda global

2090

Muitas línguas se tornam extintas
- Empregos têm carga horária de até 20 horas semanais

Futuro = repetição de padrões

Estratégia parecida com a dos futuristas também é comum a outras profissões que lidam com o futuro. Os economistas usam informações do passado para alimentar modelos que preveem a inflação, por exemplo. Os meteorologistas, por sua vez, sabem que teremos no Brasil um verão muito mais quente em 2016 ao constatarem condições climáticas parecidas a de anos anteriores com altas temperaturas.

Em 1997, tivemos um dos verões mais quentes de todos os tempos por causa do fenômeno El Niño. O meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento, prevê algo parecido para o início do ano que vem ao observar a temperatura do oceano Pacífico. Além de muito calor, teremos também chuvas acima da média. "Essa temperatura mais alta transfere mais energia para a atmosfera, e essa energia se converte em chuva", explica.

Os cálculos para chegar a conclusões como essas são alimentados por informações fornecidas por satélites, radares e estações meteorológicas espalhadas pelo país. Tudo isso abastece modelos de equações que descrevem os movimentos e as transferências de energia na atmosfera.

Com fontes obviamente diferentes, economistas adotam processos parecidos para prever o futuro do nosso dinheiro. De novo, padrões dão pistas do que pode acontecer. Saber como o aumento dos preços se comportou em períodos anteriores e quais variáveis o definiram - desemprego e a variação cambial, entre outras - é o ponto de partida para economistas anteciparem as próximas taxas. Baseado nisso, o economista André Perfeito aponta para uma inflação de até 10% ao fim deste ano e uma queda para 6% em 2016. Diante de tantos cálculos e softwares usados no dia a dia, ele atribui à subjetividade da própria intuição a principal variável que não aparece em seus modelos. "Economia é uma ciência humana. O mercado é irracional, tem movimentos de manada. Por isso, tenho que apelar para a minha intuição, tenho que olhar muitas coisas ao mesmo tempo", afirma.

Além dos estudos do clima e da economia, podemos incluir nessa fórmula de reunir padrões para falar sobre o futuro a observação de tendências comportamentais e de mercado feita pelos cool hunters.

"Cool hunting é capaz de captar o que não foi colocado ainda verbalmente pelas pessoas. Elas expressam isso através de hábitos de consumo, filmes, livros, museus, exposições, música, expressão do comportamento humano. Uma tendência nunca é um fato isolado", diz a cool hunter Sabina Deweik.

Mas, para os futuristas, todos esses aspectos precisam de uma cola para juntá-los e transformá-los em tendência no futuro, e essa cola é a tecnologia. Sem ela, as previsões viram apenas adivinhação. "O futuro tem que se conectar com o presente senão fica uma coisa sem sentido", diz o futurista Daniel Egger.

Com um olhar mais antropológico sobre o que nos espera, Egger faz previsões sobre o impacto emocional de tantas mudanças.

Por exemplo: diante de um mercado de trabalho cada vez mais autônomo, temos a propensão a desenvolver doenças de ordem emocional, razão pela qual ele aponta para chegarmos em 2030 com 35% da população brasileira sofrendo de desordens como ansiedade e depressão.

"A renda pode variar e não ser mais tão constante, mas as contas chegam todos os meses. Como iremos lidar com isso?", questiona Egger.

Faça suas apostas

Descubra como iremos nos locomover, consumir energia e trabalhar no futuro. Será que suas apostas condizem com as previsões dos futuristas?

Jogar

ESCOLHA UM CENÁRIO PARA PREVER O FUTURO

Trânsito nas grandes cidades
Consumo de energia
Trabalho

Trânsito nas grandes cidades

Até 2050 a frota de veículos leves no Brasil deve dobrar e chegar a 130 milhões de carros - será um para cada 1,7 brasileiro. Assim como hoje, a infraestrutura das metrópoles tende a não acompanhar esse crescimento. Qual será a solução no futuro para solucionar transtornos de mobilidade e poluição?

Teletransporte

A ficção científica aposta há tempos no método de dissolver moléculas como a grande revolução do deslocamento. Quem nunca quis ser o capitão Kirk em "Jornada nas Estrelas" para ser teletransportado debaixo de um feixe de luz?

Carros não tripulados

Programar um destino e ser conduzido automaticamente até ele é o sonho de quem dirige nas grandes cidades. Sem os motoristas, o trânsito fica mais seguro e organizado.

Carros voadores

A ideia não é tão maluca assim. H empresas empenhadas realmente em transformá-la em realidade, como Zee.aero, Terrafugia e AeroMobil.

Extinção dos carros

Criar leis para obrigar todo mundo a andar de transporte público seria a solução mais radical para solucionar problemas de mobilidade e poluição nas grandes cidades.

Consumo de energia

Até 2050 o Brasil terá 98 milhões de domicílios, 39 milhões a mais do que atualmente. Todas essas casas equipadas com eletrodomésticos irão triplicar o consumo de energia per capita no país. Já vivemos um colapso na produção de energia em hidrelétricas, então, qual será a solução apontada pelo futuro?

Autorrecarga

É bem futurista a ideia de equipamentos capazes de se auto alimentar da própria energia gasta durante seu funcionamento.

Baterias domésticas

Ter uma reserva de energia em casa que pode ser acionada conforme a necessidade ainda é uma ideia incomum nos dias atuais.

Fontes renováveis

Obter energia através da luz solar, do calor e dos ventos já é uma realidade entre nós, mas em uma escala muito pequena. Ainda dependemos muito das hidrelétricas.

Gás carbônico

O gás carbônico produzido na respiração é um combustível inesgotável que pode alimentar tecnologias capazes de transformar uma assoprada em energia.

Trabalho

No futuro, o emprego será escasso. Em 2050, a taxa de desemprego mundial será de 20% segundo o estudo The Millennium Project's Future of Work/Technology das Nações Unidas. Esse índice será impulsionado pela automação de diversas ocupações que devem desaparecer a partir da maior presença da inteligência artificial em nossas vidas. Como iremos pagar as contas em um futuro que aponta para um mercado de trabalho instável?

Freelancer

Trabalhar sem horário fixo, em casa, sem chefe e poder escolher as atividades. A ocupação freelancer é o mundo ideal para quem vive no horário comercial.

Programas sociais

Ampliar programas como o Bolsa Família para as demais camadas sociais pode solucionar a falta de estabilidade para geração de renda apontada pelos futuristas.

Menos carga horária

Em vez das 40 horas semanais, trabalhar menos da metade disso e ter mais tempo livre para o lazer, a família e os estudos.

Economia compartilhada

Em vez de comprar produtos e serviços, trocar. A economia compartilhada já é uma realidade nos dias de hoje só que em uma escala ainda muito pequena.

Trânsito nas grandes cidades

Teletransporte

Ainda não será neste século que poderemos nos desintegrar e reunir nossas moléculas no destino desejado. A grande aposta para o futuro do deslocamento são os carros não tripulados, mais seguros, menos poluentes e melhor compartilhados. Automóveis particulares serão muito raros ou nem existirão.

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Trânsito nas grandes cidades

Carros não tripulados

Carros nos moldes do criado pelo Google recentemente devem ser comuns nas ruas das grandes cidades a partir de 2050. Para o futurista Tiago Mattos, carros não tripulados serão compartilhados e não existirão mais veículos particulares. A tendência aponta também para o fim das montadoras e do status de suas produções.

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Trânsito nas grandes cidades

Carros voadores

Seria bem legal irmos para o trabalho como a família Jetsons, mas essa possibilidade ainda é remota. A tendência mais plausível apontada pelos futuristas é a popularização dos carros não tripulados que serão compartilhados nas grandes cidades, como fazemos hoje com os táxis. Será o fim dos veículos particulares.

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Trânsito nas grandes cidades

Extinção dos carros

O Estado deve interferir cada vez menos na vida das pessoas no futuro, então essa possibilidade está descartada. Mesmo assim, caminhamos para um uso mais consciente dos automóveis: o compartilhamento de carros não tripulados, que devem se popularizar a partir de 2050.

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Consumo de energia

Autorrecarga

Possibilidade ainda é remota. Em um futuro altamente tecnológico e dependente de máquinas, o consumo de energia é um gargalo preocupante que deve ser resolvido a partir da maior descentralização do fornecimento. A tendência é termos baterias individuais que são acionadas conforme a necessidade.

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Consumo de energia

Baterias domésticas

Uma fonte particular de energia é a principal tendência apontada pelo futurista Michell Zappa. Para ele, esse método evita o pagamento de contas mais caras se ligar a lava louças à noite, por exemplo, quando o consumo é maior e as taxas cobradas, também.

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Consumo de energia

Fontes renováveis

O uso de fontes renováveis de energia, principalmente o biogás e a biomassa, deve ser cada vez mais explorado. Esses combustíveis viabilizam também a ideia de descentralização da produção energética, outra tendência forte, já que podem ser produzidos em menor escala e mais próximo dos consumidores.

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Consumo de energia

Gás carbônico

Respirar e acender uma lâmpada ainda não é uma possibilidade. O futuro do consumo de energia está no uso de baterias individuais, acionadas conforme a necessidade, e de fontes renováveis, como o biogás e a biomassa. Esses combustíveis podem ser produzidos de forma mais pulverizada e perto dos consumidores, outra tendência forte.

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Trabalho

Freelancer

Menos emprego não é a mesma coisa do que menos trabalho. No futuro, cada um será seu próprio chefe. As grandes empresas vão trabalhar em conjunto com microempresas e startups que, por sua vez, tendem a selecionar talentos de acordo com cada projeto especificamente.

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Trabalho

Programas sociais

A descentralização de poder é uma tendência forte para as próximas décadas. Assim, depender do Estado para viver vai na contramão do que nos espera. No futuro, iremos trabalhar principalmente como freelancers ou empreendedores, já que as grandes empresas irão depender cada vez mais das pequenas e médias.

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Trabalho

Menos carga horária

O trabalho do futuro será freelancer ou empreendedor, assim, será maior a possibilidade de cada um fazer seu horário. Além disso, a maior presença de máquinas e inteligência artificial em nosso cotidiano tende a diminuir o tempo dedicado ao trabalho. Previsões indicam que em 2090 trabalharemos somente 20 horas semanais.

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Trabalho

Economia compartilhada

O futuro aponta para relações horizontais de trabalho, o que pode incluir mais iniciativas de economia solidária. Em grande escala, porém, será o trabalho freelancer ou empreendedor que irá tomar conta do mercado de trabalho.

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Resistências à evolução

Outra preocupação são as instituições e governos que reagem de forma negativa a mudanças que impliquem em descentralização de poder, uma grande tendência já que a era tecnológica veio para substituir a industrial. Isso parece óbvio na teoria, mas na prática ainda vivemos no século passado. Nosso método educacional, por exemplo, se assemelha muito a uma linha de montagem.

As disciplinas são segmentadas, os alunos usam uniforme e soa um apito na hora de entrar e sair da aula. "Fomos ensinados a pensar de forma linear, repetitiva, segmentada e previsível, como uma linha de montagem. Isso é antítese do pensamento digital, multidisciplinar", diz Mattos.

A lentidão de governos e legislações em se adaptarem à inovação é um dos principais entraves para chegarmos definitivamente a uma realidade ligada a autonomia, simplificação e quebra de barreiras. "O futuro tecnológico é rápido, o futuro social é mais devagar. Futuro das empresas é mais lento ainda. E depois vem o governo, o mais lento de todos", afirma o futurista Daniel Egger.

Apesar de algumas perspectivas temerosas, a boa notícia é que o futuro é maleável, se adapta ao que esperamos dele. "Toda mudança é uma oportunidade. O futuro é sempre neutro, podemos influenciá-lo negativamente ou positivamente", afirma Egger. Depende das nossas escolhas e dos padrões que criarmos com elas.

Mariana Zylberkan

Colaboradora do UOL. É repórter freelancer e pensa mais para o futuro do que gostaria.

tabuol@uol.com.br

Esta reportagem também contou com apoio de:

Shopping Pátio Higienópolis; Livraria da Vila; loja I-Stick; Climatempo; Coworking B4-i.

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