Max e a fugaMedo do coração
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Consciente da violência que carregava consigo, o russo Fiódor Dostoiévski transformou esse sentimento em literatura. Max não tem habilidade com as palavras, mas compartilha da mesma personalidade. Aflito, bateu em retirada. Ele não fugiu de Bom Jesus dos Perdões (SP); fugiu da tentação de matar o tio.
Max se vê como o cara que num acesso de fúria pode cometer uma "besteira", eufemismo para homicídio. A ciência chama de transtorno explosivo intermitente, situação associada a uma criação severa e violenta. A criança desenvolve um desejo de vingança que pode ser alimentado pelo consumo de conteúdos ligados a esse conceito.
Max acredita que seu caso tem cura. Acha que quando o tio morrer o lado negro de seu coração vai se purificar. Até este dia continuará perambulando pela avenida Paulista.
Eu saí andando por aí para evitar coisas piores. Acabei vindo morar na rua, mas para eu não fazer coisa errada. A gente não conhece nosso coração.