Olá, leitores! Como estão? Natal está quase ali, e os sinos já se preparam para badalar. Mas nem tanto assim. Explico: em São Paulo, eles só podem soar por no máximo 60 segundos, caso contrário a igreja pode levar uma multa altíssima. Foi o que aconteceu com uma paróquia da zona oeste da cidade, um dos assuntos do TAB dessa semana. E temos mais: a expectativa de Santa Maria (RS) para o julgamento do incêndio na boate Kiss, a volta do ônibus balada, o jogo "Preto x Branco", o cemitério natimorto do Corinthians e o livro de Sergio Moro. Boa leitura. Solta o som, motorista Com a era pós-vacina, muita gente voltou à pista para dançar. Alguns, literalmente, dentro de um ônibus. "Boa noite, eu sou o DJ Dinho e acompanharei vocês. Por favor, só não subam nos bancos", anunciava, pelo microfone, Edson Lima, 43, o DJ Dinho, sócio da empresa Bus Party, uma balada motorizada que retomou as atividades em São Paulo. A jornalista Claudia Castelo Branco acompanhou um rolê do busão pela cidade e contou aqui. Amigos, amigos Em São João Clímaco, zona sul de São Paulo, um clássico paulistano retomou ao campo: a 49ª edição do "Preto x Branco", que, apesar do nome, nada tem a ver com questões raciais. Tanto que as equipes, na prática, não seguem critérios estabelecidos pelo IBGE. Há quem responderia "negro" no censo que joga pelo time dos brancos e vice-versa. O jogo é, na verdade, um encontro de amigos que se conhecem desde a infância e têm em comum a paixão pela várzea. Nos trilhos do samba No fim do sábado, 4 de dezembro, um vagão lotado chegou à estação Oswaldo Cruz, no subúrbio do Rio. Nada de novo — se não fossem os sons dos batuques, dos cavacos, dos tamborins e da cantoria da velha guarda da Portela, do Império Serrano, da Mangueira e do Salgueiro, que dão vida ao Trem do Samba. A festa de 26 anos não acontecia há dois, e por isso mesmo o organizador Marquinhos de Oswaldo Cruz, 60, não escondia a ansiedade, como conta a jornalista Fabiana Batista, que embarcou no vagão. Nem um segundo a mais Em 30 de novembro de 2014, num domingo, uma fiscal da Prefeitura de São Paulo foi até a praça Cornélia para checar as denúncias feitas por vizinhos de uma paróquia que, em anonimato, reclamavam do barulho dos sinos. Eles acordavam tudo mundo às 7h45 para anunciar a missa dominical. Naquele dia, sem saber que era observado, o sacristão bateu o sino 16 segundos além do permitido, e o volume ultrapassou o limite de 50 decibéis toleráveis para áreas predominantemente residencial. Não deu outra: uma multa de R$ 36.540 para a paróquia. Começava, então, uma celeuma que foi parar no TJSP, como contamos em reportagem. Sem clima Nos dias 26, 27 de novembro e 3 e 4 de dezembro, o Jaguariúna Rodeo Festival, uma das maiores festas de peão do Brasil, em Campinas, reuniu cerca de 30 mil pessoas em cada uma das quatro noites de shows. Se apresentaram no evento artistas como Gusttavo Lima, Zé Vaqueiro, Barões da Pisadinha, Jorge & Mateus e DJ Dennis. No entanto, apesar de todo frisson, infelizmente, na quinta-feira (2), o assunto principal era a denúncia de estupro feita por uma estudante que foi na festa. O assunto estava na boca do povo, que se espantava com a presença maciça da imprensa em frente à delegacia local, no centro da cidade, como conta o jornalista Thiago Varella. Cemitério enterrado No "Corinthians Para Sempre", já havia lugar reservado para Sócrates, Baltazar e outros craques imortais, mas os únicos habitantes daquele morro em Itaquaquecetuba, município da Grande São Paulo, são alguns calangos, quero-queros e jararacas. Dez anos após a idealização do cemitério, porém, o repórter Rodrigo Bertolotto mostra que a ideia foi sepultada. Até hoje, alguns proprietários ainda estão sendo ressarcidos. Lado Feliz De um lado, um sujeito cabisbaixo, recolhido, com o nariz em queda, vê pela janela um paredão sombrio. Do outro, seu duplo admira o sol, com o peito estufado e rosto levantado. O traço simples, sem determinar paisagens ou elementos específicos do Brasil, fez o desenho do ilustrador e professor Genildo Ronchi ser entendido em qualquer língua. Nos últimos dias, a imagem, criada em 2013, foi uma das que mais apareceu no Twitter ao redor do mundo. O repórter Tiago Dias escreveu o perfil de Ronchi, que diz ter ficado feliz por ver sua obra "sobreviver esse tempo todo de maneira positiva". Horário político O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro vai galgando sua carreira política. Depois de se filiar ao Podemos, ele agora lança livro, de olho nas eleições de 2022. Sem falar com a imprensa, e com autógrafos feitos previamente, o atual presidenciável fez uma noite de autógrafo de "Contra o sistema da corrupção" (Editora Sextante), na noite de quinta-feira (2), no Teatro Positivo, em Curitiba. Nós fomos ao evento com tom de campanha e alfinetada contra Lula e Bolsonaro. |