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Até os ossos

Mínimo para sobreviver - Deborah Faleiros/UOL
Mínimo para sobreviver
Imagem: Deborah Faleiros/UOL

Do TAB

27/04/2022 08h01

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Bom dia, leitor. Como você está enfrentando esta terrível semana de cinco dias úteis? Pois bem, imagino que ninguém esteja lidando 100% bem com ela. Para ajudá-lo a pegar no tranco nesta quarta-feira e, por que não, dar uma distraída antes de começar a trabalhar, separei o ouro do ouro que rolou na última semana do TAB. Tem festa de 15 anos, tem coisa séria, tem Carnaval (saudades), tem a nossa Dubai brasileira e muito mais. Vem comigo!

Magra, custe o que custar
Dietas restritivas, fotos de corpos esqueléticos, contagem de calorias, solidão. Na reportagem especial desta semana, mergulhei na comunidade virtual pró-transtornos alimentares, frequentada quase que exclusivamente por garotas jovens que passam dias sem comer em busca do "corpo perfeito". Em contato com participantes do grupo, descobri que a intenção da comunidade é prestar apoio para quem tem anorexia ou bulimia -- doenças psiquiátricas vistas como um estilo de vida entre as participantes.

Doce quinceañera
Em um espaço de eventos gigante, o nosso colaborador, Felipe Maia, acompanhou a "quinceañera" de Litzi Rivera, uma jovem debutante, filha de pais bolivianos. Festas de 15 anos são comuns no Brasil, mas em países da América Latina hispânica essa celebração ganha uma dimensão muito maior. O evento reuniu a comunidade boliviana em uma grande festança, com mais de 6 mil pessoas, em Guarulhos (SP).

Perdido na tradução
A história é de filme, a burocracia é kafkiana e a dor é real. Em São Paulo, Y.C., imigrante haitiano, passou meses respondendo como réu em um caso de feminicídio sem poder se defender. O motivo? Não havia nenhum intérprete para ajudá-lo a se comunicar em juízo. Por sorte, um estudante da USP fluente na língua foi encontrado pelos funcionários do Fórum Criminal para participar do processo e garantir que Y.C. pudesse se comunicar. O tortuoso processo foi recontado pelo repórter Tiago Dias e o final, bem, tem que ler para saber.

O corre antes do close
No começo da tarde de domingo no Capão Redondo, na zona sul da capital paulista, um pequeno desfile coloriu as ruas. Tratava-se da primeira Parada LGBTQIA+ organizada na periferia da cidade, que levou três anos para sair do papel. Acompanhando o evento, o repórter Mateus Araújo conversou com o organizador, Elvis Justino, e moradores do bairro que celebraram a festa como um ato de resistência.

Dubai brasileira?
Provando que a realidade sempre ganha da ficção, inclusive a científica, a cidade de Balneário Camboriú (SC) quer continuar a garantir o título de "Dubai brasileira" abrigando seis dos dez prédios mais altos do país. Uma de suas unidades está avaliada em 50 milhões de reais e tem um pretendente ilustre: o jogador português Cristiano Ronaldo. Na rua, porém, o projeto megalomaníaco da cidade bateu forte na população. Com o custo de vida cada vez mais alto, antigos moradores têm de sair da cidade para viver melhor. O repórter Felipe Pereira esteve na cidade para entender o funcionamento de uma das cidades mais distópicas da região.

Túmulos sem nome
Furtos constantes das placas de bronze tornaram o Cemitério do Araçá, um dos mais antigos de São Paulo, em um mar de túmulos sem identificação. O abandono dos jazigos é tanto que não é incomum encontrar ossadas expostas nas ruas da necrópole, reviradas por ladrões em busca de objetos de valor enterrados com o defunto. Na companhia de uma estudiosa de cemitérios, estive no Araçá para documentar o estado precário do local e as condições de trabalho dos sepultadores.

Pra não dizer que não falei do Carnaval
Nesta folia excepcional, o verdadeiro encontro da festa e da tecnologia foi sacramentado. Em grupos de Telegram, foliões e ambulantes se uniram para divulgar programação de blocos de rua e os trajetos do mesmo. Diretamente da capital carioca, nossa colaboradora Fabiana Batista explicou como essa organização toda rolou durante a maior festa popular do país.

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