Topo

O frio na rua, o Museu da Bruxaria, 'vovós' bolsonaristas e mais

Lucas Veloso/UOL
Imagem: Lucas Veloso/UOL

Do TAB

15/06/2022 08h01

Esta é a versão online para a edição desta quarta-feira (15) da newsletter do UOL TAB. Para se inscrever nesse e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui. Para receber até 10 boletins exclusivos, assine o UOL.

Olá, pessoal. Como estão? Chego trazendo a boa nova: essa semana é mais curta, com feriado na quinta-feira. A essa altura, você já deve estar contando as horas para descansar ou se esbaldar no sábado fora de época. Justíssimo. Dou, então, outra notícia boa: reuni os destaques de TAB desta semana para facilitar ainda mais sua vida. Assim você se informa, se atualiza e nem perde muito tempo. Confia em mim e vem junto. Boa leitura!

Para uns, a 'fama'...
A temperatura caía rapidamente na madrugada de sábado (11), com um ar gelado que parecia cortar o rosto de quem caminhava na rua. Enquanto isso, no saguão do prédio onde vive, no bairro do Bom Fim, em Porto Alegre, Eduardo André Viamonte foi tirando a roupa e guardando as peças dentro de uma sacola. Bebeu água e saiu para a rua vestindo apenas sunga, tênis, touca e luvas. "Virei lenda, virei ícone, virei mito, mas nunca busquei isso", diz ele, entrevistado pela jornalista Fernanda Canofre. Eduardo ficou famoso na cidade como "o cara de sunga" a correr pelas ruas por puro prazer.

... Para outros, a dor
No dia seguinte, no subsolo da estação Pedro II do metrô, em São Paulo, havia quem fugisse do frio para sobreviver. Do lado de fora, a temperatura chegou a 6ºC durante a madrugada, e quem vive na rua aguardava sua vez de entrar para fazer do metrô seu quarto por uma noite. Foi o caso do mestre de obras Wellington Batista, 42, e Ismaida Bertunes, 40, que disse ser estudante de direito. Na pandemia, o casal foi prejudicado pela perda de renda e de emprego. Confira a reportagem de Lucas Veloso.

A nova velha 'cracolândia'
Quando houve a primeira apreensão de crack no Brasil, em 1990, a mecânica Femavi já ocupava um prédio da Rua Helvétia, no centro de São Paulo. Em maio deste ano, a oficina ganhou um novo vizinho: a "cracolândia". Segunda geração da família à frente da oficina, Maury Cesar Maia, 44, um dia chegou para trabalhar e descobriu a multidão de usuários sentados de uma esquina à outra no quarteirão. A convivência com os frequentadores do fluxo é tensa, mas por ora pacífica. O problema são os negócios. Desde aquele dia, o motoboy que entregava peças se recusa a aparecer. Mesma coisa com o Mercado Livre e outras compras na internet. Até os boletos não chegam mais. Sem saída, Maia decidiu fechar a loja, como mostra o repórter Felipe Pereira.

Sobrado da magia
Bruxas e bruxos viveram a perigo no início da Idade Moderna, época em que dezenas de milhares de homens e, principalmente, mulheres, foram perseguidos, julgados e mortos por protestantes e católicos na Europa. A sorte é que o curso da História tende a amenizar certos temores e hoje é cotidiano, quase banal, encontrar um Museu de Magia e Bruxaria montado em uma casinha em plena Vila Mariana, bairro da zona sul de São Paulo. Quem nos guia em passeio por lá é a repórter Marie Declercq, que foi conhecer o museu. "Todos são bem-vindos", afirma Claudiney Prieto, bruxo, escritor e fundador do espaço inaugurado em 2021, onde também funciona um santuário da religião Wicca.

Vigiai
É grande o número de brasileiros que moram atrás de um portão automático e um interfone. Outros tantos fazem procissão diariamente por catracas e cancelas para trabalhar. Daí se percebe a importância econômica do setor de segurança no país, que tem como principal feira a Exposec, que o repórter Rodrigo Bertolotto foi visitar. Os estandes iam desde empresas que vendiam cães farejadores de explosivos até fábricas de tornozeleiras eletrônicas.

Sem medida
Com uniforme e grito de guerra, as "vovós poderosas de Las Vegas" eram as únicas "torcedoras" à espera do presidente Jair Bolsonaro, que desembarcou pela manhã de quinta-feira (9) em Los Angeles, nos Estados Unidos, para participar da Cúpula das Américas. Sem timidez para falar com a imprensa presente, elas se dividiam e se alternavam para dar entrevistas, mas repetiam um discurso bastante parecido de "amor" a Bolsonaro. Amor que às vezes não se explica: "Se preciso for, nós damos a nossa vida por ele", dizia Miriam, uma das integrantes do grupo que chegou a jogar ovos num caminhão de protesto contra o presidente. Leia aqui.

Da newsletter de Daniela Pinheiro
Na última edição da coluna, a jornalista volta ao tema da Guerra da Ucrânia e conversa com Oleksandr Akymenko (aka: Sasha), fundador da Yes&Design, uma das vozes mais conhecidas da nova geração de inovadores digitais do país. O empresário conta com sensibilidade o que ele e sua família estão passando desde o início da invasão russa. Para ler na íntegra as próximas newsletters da jornalista Daniela Pinheiro, cadastre-se aqui.

*

COLUNISTAS

Matheus Pichonelli | Num país esfomeado, não é ministro do STF que não vai à padoca. É o povo
Luiza Sahd | Em um mundo tão injusto e exigente, não adianta nem mesmo ser uma Shakira
Christian Carvalho Cruz | Trombadas: O claro horizonte de Diego