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O sonho da universidade pública, o vaqueiro ativista, monkeypox e mais

Adriano Alves/UOL
Imagem: Adriano Alves/UOL

Da newsletter do TAB

03/08/2022 08h01

Esta é a versão online para a edição desta quarta-feira (3) da newsletter do UOL TAB. Para se inscrever nesse e outros boletins e recebê-los diretamente no seu email, cadastre-se aqui. Para receber até 10 boletins exclusivos, assine o UOL.

Bom dia para você que acordou sedento por novas histórias. A newsletter do TAB chegou fresquinha, freguês, com reportagens e perfis. Nesta semana, nosso destaque é uma reportagem sobre os muitos jovens que estão desistindo da universidade pública. O sonho realmente acabou? Acompanhamos também a história de Chapada, peão hétero que ergue a bandeira LGBTQIA+ na capital dos vaqueiros, em Pernambuco. De lá, fomos para a quebrada do Jardim Romano, em São Paulo, falar com Cristiano Burlan, cineasta que trata o luto com um documentário. Além disso, conversamos com o primeiro paciente diagnosticado com varíola dos macacos no Brasil, esse vírus que tem espalhado preocupação e um pouco de desinformação por aí. E tem muito mais.

Ladeira abaixo

Atropelados pela crise econômica e pelo bloqueio de verbas destinadas às universidades públicas, muitos jovens brasileiros estão abrindo mão do sonhado diploma de ensino superior. O número de estudantes matriculados nas 69 universidades federais caiu de 1,3 milhão para 1,2 milhão, entre 2019 e 2020, segundo o último Censo da Educação Superior do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Foi a primeira vez, desde 1990, que essa queda aconteceu nos cursos presenciais. Conversamos com alguns jovens que nos explicam qual é o problema — e quão preocupantes são esses números.

A missão de Chapada

Um vaqueiro hétero leva uma bandeira LGBTQIA+ para uma missa no sertão. Quem conta essa história é o repórter Adriano Alves. Valmir Calaça, conhecido como Chapada, está desde 2016 hasteando a bandeira arco-íris na tradicional procissão católica de Serrita (PE), considerada a "capital dos vaqueiros". Claro que no começo foi um tabu, mas ele mantém a cabeça erguida com a missão: "é um pedido de respeito ao próximo".

Mataram minha família e fui pro cinema

A vida do cineasta Cristiano Burlan foi tocada por muitas tragédias. Desde pequeno, crescendo no Capão Redondo, ele viu de perto a morte de amigos, perdeu o irmão de 22 anos assassinado a tiros por uma quadrilha, e a mãe, vítima de feminicídio, asfixiada pelo namorado na época. As marcas o tempo não apaga, mas ele luta para romper o ciclo de perdas e violências investigando todas elas em documentários, sua "trilogia do luto" — que ainda não acabou, como ele me conta numa reportagem. Hoje, a câmera é sua arma: 'Filmar, para mim, é um ato criminoso. Ninguém filma ou é filmado sem pagar um preço".

'Sou o primeiro'

"Do hospital, na internet, eu vi a notícia: 'primeiro caso confirmado de varíola dos macacos no Brasil é um homem de 41 anos'. Era eu", conta Anderson Ribeiro. O paulistano foi o primeiro paciente diagnosticado com a doença e, em conversa com o repórter Mateus Araújo, ele conta como se recuperou no Emílio Ribas, hospital fundado em 1880 para tratar casos de varíola e que se tornou referência no tratamento de doenças infectocontagiosas no País.

Que tiro foi esse?

Churrasquinho, canjica, quentão e MPB no som. Nada nessa festa junina lembrava uma guerra, exceto as geladeiras, estampadas com ilustrações de revólveres. Fomos à quermesse organizada por um clube de tiro em Elisiário, cidade de 3.000 habitantes na região de Catanduva, no interior de São Paulo, cujo movimento cresceu na onda do bolsonarismo. Hoje, os frequentadores do clube estão "101%" com o candidato à reeleição.

Mistério no céu da aldeia

"Papai, o que é aquilo ali?", perguntou uma menina a Katejupre, 33, morador da aldeia Akroti, na Terra Indígena Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins (PA). Às 20h, Katejupre se levantou da rede para observar o céu e, no alto, viu uma luz diferente. Os jornalistas Leo Milano e João Paulo Guimarães ouviram indígenas do povo Gavião, que denunciam estar sendo monitorados por drones não autorizados, à noite. Eles suspeitam que os drones pertencem a empresas ou indivíduos interessados nos recursos minerais, visto que há pedidos de prospecção nd área na Agência Nacional de Mineração.

A ama do próprio filho

Você já ouviu falar em Ambrosina, a ama negra que "ousou" amamentar o próprio filho e foi presa? No mês da Mulher Negra, Latina e Caribenha, nós contamos a história dessa mulher, mãe e escravizada, acusada de assassinar o filho dos patrões por preferir amamentar o próprio filho. A documentação do caso foi descoberta por historiadores em Taubaté (SP) e foi incluída na "Enciclopédia Negra" (ed. Companhia das Letras).

Estreia quente: Aba Anônima

TAB começa a publicar, toda semana, reportagens especiais sobre sexo, prazer e erotismo. O material é só para assinantes. A estreia conta a situação divertida vivida pelo casal liberal Peach Velvet, famoso por sua conta no OnlyFans. No meio da pandemia, Arthur teve de passar por um "detox de sexo" (andava compulsivo e pouco carinhoso com a companheira). O repórter Mateus Araújo foi convidado para a volta triunfal deles às festas liberais, em São Paulo — mas nem tudo deu tão certo assim. Para ler a reportagem, assine o UOL e tenha acesso a conteúdos exclusivos.

Da newsletter de Daniela Pinheiro

Na última edição, a jornalista contou como foi a primeira festa do ex-presidente Lula em Lisboa, organizada pelo Núcleo do Partido dos Trabalhadores da cidade, que reuniu cerca de 100 pessoas na sede do jornal A Voz do Operário, com direito à coxinha, chope e roda de samba. Para receber por e-mail e ler na íntegra as próximas newsletters da jornalista Daniela Pinheiro, cadastre-se aqui.

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