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Com diferentes técnicas, linguagens e suportes, artistas brasileiros retratam a mitologia dos orixás

Hugo Canuto

A exaltação da natureza, a busca pela essência de uma ancestralidade perdida ou o mais assumido sincretismo são a tônica do trabalho destes 8 artistas, que reelaboram divindades que são símbolo máximo de uma das fés de origem africana

Foto da série 'Meu Orixá', de Márvila Araújo

O baiano Hugo Canuto, 34, usou técnicas digitais e tradicionais, como aquarela e nanquim, para conceber a HQ “Contos dos Orixás”

Hugo Canuto

O trabalho, que levou dois anos para ser concluído, adapta narrativas e transforma as divindades em super-heróis

Hugo Canuto (Foto: Divulgação)

No projeto “Meu Orixá”, Márvila Araújo, 29, de Ilhéus (BA), busca uma conexão entre natureza e fé, fotografando modelos que representam divindades

Márvila Araújo

“Retratar a essência dos orixás foi meu principal caminho em direção ao conhecimento sobre minha ancestralidade", conta a fotógrafa

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Autodidata, o paulistano Keshi, 27, que já foi monge budista, largou seu emprego como figurinista para bordar 

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O tema dos orixás surgiu quase por acaso para ele. Antes, nada sabia sobre as religiões de matriz africana. “Isso tem me feito aprender mais sobre minha história"

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Nas mãos da ilustradora Alessandra Moreira, 25, de Votorantim (SP), pratos e azulejos servem de base para representar orixás 

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Na pintura, Alessandra Moreira usa uma técnica que imita a aquarela, enquanto ouve J.B. de Carvalho e Orquestra Afro-Brasileira

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Alberto Santos, 55, de São Paulo, trabalha símbolos da mitologia dos orixás em joias, semi-joias e mandalas. “Procuro juntar
beleza e religião.”

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As peças de Alberto são feitas de metal banhado a ouro 18k e ouro branco, com cravação de pedras e cristais e cores que acompanham a as tradições de cada orixá

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A partir de uma busca etnográfica por imagens sagradas católicas e africanas, Simone Carvalho, 54, de Belo Horizonte, confecciona santos em bonecas

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Ela usa tons dourados, em alusão ao barroco mineiro. “Vestir o santo no candomblé e na umbanda é uma prática para dias de festa. Uso pintura barroca e visto o santo para que se tornem sagrados.”

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Paulo Vinícius Targa, 39, serigrafista de São Paulo, visitou um terreiro de umbanda em 2003. A identificação com o local e as batidas dos tambores foi imediata 

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Anos mais tarde, com o mesmo amigo, ele teve a ideia de homenagear os orixás por meio de ilustrações super detalhadas

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Praticante do candomblé, Marcelo Smile, 35 anos, usa spray e tinta látex em grafites em muros de São Paulo

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Smile conta que, ainda criança, frequentava terreiros e festas, então é algo que vem de muito cedo. O muro grafitado, ao fundo, fica numa das ruas do Bixiga, em São Paulo

Instagram/Divulgação

Edição
Olívia Fraga

Reportagem
Bianca Borges

Publicado em 10 de outubro de 2020.

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