Brasileiro fotografou faces de uma inquieta paz no Afeganistão, semanas antes do Talibã retomar poder no país
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
O futuro sonhado é colorido, em contraste com o passado violento vivido por gerações no Afeganistão
O grafite em um muro em Cabul ilustra bem o momento em que se encontrava os afegãos há 40 dias:
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
A essa altura, o grafite pode nem existir mais. Assim como a presença policial nos "check points" da capital
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
As imagens são do brasileiro Luca Bassani , feitas poucas semanas antes do grupo terrorista Talibã reassumir o controle do país, quando a bandeira da República Islâmica do Afeganistão ainda flamulava no centro
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
Quando soube que as tropas americanas seriam retiradas do Afeganistão, antecipou a antiga ideia de visitar o país
Luca tem 25 anos, é fotógrafo e mantém firme o projeto de conhecer todos os países do mundo
Foi pra me preservar e registrar um momento histórico, uma mudança de paradigma. Parecia ser a última janela de oportunidade para ver o país, sabia dos riscos de uma nova guerra e eventual governo Talibã
Luca Bassani
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
Circulou com tranquilidade no centro agitado de Cabul, com seus mercados a céu aberto
Durante duas semanas, Luca deixou a barba crescer para não chamar atenção como estrangeiro
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
E também no interior, onde carnes são vendidas nas portas dos comércios, entre conversas corriqueiras
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
De todo lado, Luca encontrava imagens que pareciam desvendar o povo afegão: "Com o pouco que têm, fazem bem mais do que podem por necessidade"
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
Guardada por montanhas, o país de clima árido, pouco verde e moradias simples transmitia uma "relativa paz", segundo o brasileiro
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
Seja na vida social nas mesquitas, através das faces de quem só conhece uma realidade e visão de mundo...
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
... na face dos jovens, como este adolescente Pashtun, a maior etnia do país....
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
... na liberdade que as mulheres tinham para andar juntas e decidir pelo uso ou não da burca...
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
... ou de um cemitério ao cair da tarde. "A morte de gente importante e de civis desconhecidos se encontram em diversos cantos das cidade", diz o fotógrafo
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
Como se aquela paz estivesse por um fio, diante do vento que soprava mudanças
A imagem do mausoléu de Massoud e de um antigo tanque soviético, no entanto, trazia para Luca a sensação de estar em "bunker a céu aberto"
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
Principalmente, quando se lembra da imagem de mulheres em outdoors....
Ao saber da invasão do Talibã, o brasileiro diz ser invadido por um sentimento de impotência
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
... e de cenas como esta. "Com a volta do Talibã, será muito improvável de ver isso em público", observa Luca
Arquivo pessoal/Luca Coser Bassani
Em uma de suas últimas fotos por lá, Luca foi até o Vale de Panjshir. Berço da resistência afegã em muitas décadas, é neste lugar que a esperança ainda resiste. "Mais uma vez nasce daí o sonho de derrotar o Talibã"