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Na Árvore do Desejo de BH, pênis disputam espaço com troncos e raízes

Adams Carvalho/UOL
Imagem: Adams Carvalho/UOL

Carlos Pires

Colaboração para o TAB, de Belo Horizonte

22/08/2023 22h00

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Diego, 27, tem a pele bronzeada e um desejo irrefreável de explorar os prazeres do corpo. É aquele tipo de cara que à primeira vista parece bobão, mas quando parte para ação vira caçador e te deixa arregaçado.

Nos conhecemos em 2018, quando eu morava em João Pessoa e um aplicativo de mensagens voltado ao público gay fez nossas histórias (e corpos) se cruzarem. O caso acabou ali e ambos mudamos de cidade. Mas há cerca de um mês ele me mandou uma mensagem, falando do interesse de vir a Belo Horizonte me visitar -- e talvez ficar hospedado no apartamento que divido com meu namorado.

Seria a sua primeira viagem à capital mineira e meu namorado topou.

Desde a época de João Pessoa, Diego e eu flertávamos com sexo em lugares públicos. Certa vez, em uma famosa praia de nudismo local, as experiências aconteceram e foram de um tesão incrível. Nossa história terminou devido a inseguranças relacionadas aos múltiplos parceiros que tivemos. No entanto, ficou aquela lembrança.

Agora, com a sua vinda a BH eu decidi que queria mostrar a ele o que a cidade tinha de melhor, neste e em todos os sentidos. Fomos a bares, pontos turísticos e o clima entre nós três era ótimo. Ele e meu namorado de cara se deram bem, e aquela conexão me deixou morrendo de tesão.

Sábado à noite, quase na véspera da sua volta para Campinas, onde ele reside atualmente, decidi mostrar a ele um ponto especial da cidade que tinha conhecido recentemente. Fica na rua dos Aimorés, bem próximo ao 12º Batalhão de Infantaria, e nas madrugadas se transforma em um verdadeiro oásis da pegação.

A rua tem uma árvore centenária com um tronco largo e raízes que se espalham pela calçada. Sua copa é tão frondosa quanto os cacetes que ficam ocultos na escuridão que sua sombra causa, cobrindo as luzes dos postes próximos. Na madrugada, é comum observar o ir e vir de automóveis que estacionam com seus motoristas dos mais diferentes corpos participando dessa comunhão voluptuosa com a natureza.

Mal chegamos e Diego desceu. Foi caminhando até a árvore, enquanto eu e meu namorado ficamos no carro -- pois queríamos que ele curtisse um pouco "sozinho" a atração turística local.

Em questão de minutos, percebemos que ele já segurava duas rolas e fazia movimento vigorosos de punheta. Estava uma delícia assistir -- mesmo que de forma não nítida, na penumbra -- à expressão de tesão deles.

Quanto mais, melhor. A noite estava só começando e logo chegou outro carro, de onde desceu um cara alto, parrudo, exalando vontade. Descobriríamos depois que o nome dele era Hugo. Quando Hugo colocou seu pau pra fora, não resistimos e descemos do carro também.

Aquele cacete era tão grosso quanto os troncos da árvore, e mais enraizado de veias que as raízes que rachavam o cimento na calçada. Quando o segurei, senti o pulsar daquele pau na mão e notei que meu namorado e Diego estavam se punhetando. Me dá muito tesão ver meu namorado com outros caras!

Saber que naquela altura já havia 6 machos participando daquele momento nos dava ainda mais tesão. Mas como todo cuidado é pouco por se tratar de um local público, depois de algum tempo de pegação entramos no carro e fomos olhar os homens que trabalham com sexo numa via ali próxima, a rua Ouro Preto na madrugada é sempre uma delícia.

Assim como a famosa cidade de Ouro Preto, no interior de Minas, é conhecida pela arquitetura e arte barroca, a rua de mesmo nome, em BH, é repleta de machos que parecem obras de arte barroca. São corpos que parecem esculpidos em madeira e que exalam a energia do ouro e da luxúria.

Diego se interessou por Pedro, um cara que disse trabalhar na noite há apenas seis meses para fazer um extra e ajudar nas contas do mês. Os dois resolveram curtir em um dos motéis próximos ao local, enquanto meu namorado e eu voltamos para casa ainda cheios de tesão e ficamos trocando carícias e bebendo, enquanto buscávamos mais alguém para foder naquela noite nos aplicativos de pegação.

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Imagem: Adams Carvalho/UOL

De repente, recebemos uma mensagem de Diego, perguntando se podia voltar para casa e trazer mais companhia. Obviamente falamos que sim e momentos depois ele chega com Pedro e Hugo, com quem esbarraram na saída do motel!

Só de lembrar daquele pau pulsante e do Pedro metendo no Diego, que metia no meu namorando em posição de frango assado no sofá, me faz ficar de pau duro ao escrever.

A noite terminou com jatos de porra, bocas lambendo pés, gritos de gozo e beijos deliciosos, mais valiosos que pepitas de ouro. No outro dia, Diego foi embora, mas essa viagem ficou marcada na nossa memória.