Festa motorizada

Baile funk ganha versão solar em festival de som automotivo em SP

A festa surgiu em 2003 com a missão de fortalecer a cultura automobilística, celebrando os carros tunados cheios de caixas de som. O som automotivo, assim como o funk, sempre foi marginalizado pela sociedade. Quem tinha som potente era visto como baderneiro. No baile, bombam os carros rebaixados e com porta-malas abarrotados de amplificadores. Há entrega de troféus para a melhor equipe, melhor paredão etc.

O público mais velho, considerado "raiz", frequenta desde o começo e é facilmente identificado: está uniformizado com a camiseta da equipe de som. Alguns levam churrasqueira. Já os novatos que encostam no rolê vão na estica, com o kit completo. Na cara, as lupas de vilão, aqueles óculos espelhados que o universo do funk. paulistano adora. Nas mãos o goró: whiskey, vodca, energético e o gelo de água de coco e suco de maracujá. Menor de idade tem que trazer autorização dos pais para entrar.

As novinhas rebolando em cima dos paredões. Os parças embrazando na batida potente. É o baile dos bailes. Um rolê cabuloso. A festa termina com o sol que se vai. Muita gente volta pra quebrada para continuar a festa por lá: o fluxo é contínuo.

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