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Aba Anônima

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A 1ª vez que dei numa balada: 'Foi como se tivesse perdido a virgindade'

Adams Carvalho/UOL
Imagem: Adams Carvalho/UOL

Hotwife*

Colaboração para o TAB, de São Paulo

26/09/2023 22h00

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Levei meu lanche pra festa, mas acabei pegando outro. O primeiro queria ser submisso, o que não é bem o meu estilo.

Já tinha visto muita gente nos cantos da balada fazendo sexo. O lugar é feito para isso, com camas espalhadas pelos cantos e sofás embaixo de escadas escuras ou mezaninos bastante privados.

A liberdade para o sexo é tanta que tem quem goste de se comer enquanto pede uma bebida no bar. A menina ali, pedindo um gim tônica, enquanto o rapaz a penetrava por trás sem a menor cerimônia. A bartender fingia costume, já deve ter visto coisas mais bizarras rolando em cima do balcão.

A ousadia sexual depende bastante do estilo de cada um. Uma menina fazia sexo oral no rapaz no mezanino, escuro e relativamente vazio. Ela o chupava e ele olhava em volta pra saber quem estava gostando do show. Não ficou satisfeito com o resultado e foi embora. Minutos depois estavam os dois num dos palquinhos da pista principal, ela a chupá-lo, agora para todos verem.

Meu lugar preferido na balada era o menor balcão do subsolo, atrás de uma pista que não comportava mais que vinte pessoas. Eu sentava ali, pedia um vinho e só observava as coisas acontecerem. Não demorava até que alguém chegasse, vestida apenas com luzinhas de Natal, acompanhada do namorado — coberto com o que provavelmente era uma fantasia de viking —, pegando nos seus peitos por trás e enfiando dedos em todos os seus buracos, enquanto ela perguntava para o bartender qual era seu melhor drinque.

Ali também já vi casais que encostavam no sofá e passavam a fazer oral, me convidando para entrar no meio. Minha teoria sobre esse bar é que, por ser tão pequeno e de acesso relativamente difícil, as pessoas se sentiam como na sala de casa e se davam ao luxo de se exibir livremente. Um deleite para os voyeurs.

Eu ainda não tinha tido coragem de me expor assim. Eu e o peguete com que cheguei já tínhamos passado a noite anterior juntos. Estávamos numa calma curiosa, querendo saber o que mais rolava por ali. Ele andava com as mãos atadas na frente do corpo e eu o puxava por uma coleira. Mas rapidamente cansei desse jogo. Gosto mais de ser a submissa, empurrada na parede, comida por trás. Acabei fazendo algumas amizades e passei a coleira para uma menina interessada em cuidar dos desejos dele. Fui cuidar dos meus.

De repente, me peguei dançando com um estranho. Ele logo tinha as mãos dentro da minha saia, tocando de leve minha bunda por dentro da calcinha.

A gente se beijava enquanto ele subia as mãos pelos meus peitos e tentava vencer meu sutiã — uma luta inútil, já que meus peitos são gigantes e não pulam pra fora apenas com um toque. Eu alisava sua barriga, duríssima, e descia a mão até encontrar outra coisa já bem preparada pra mim. Peguei seu pau por dentro da calça e passamos a nos amassar sem cerimônia, ali mesmo. Ele então perguntou se eu queria subir pro mezanino. Era ali que eu costumava travar e partir pro próximo. Desta vez, resolvi ir até o fim.

No mezanino havia três sofás, todos ocupados por casais já em fase avançada de amassos. Ficamos em um deles, perto de um casal que se preparava para um rápido dogging (uma prática de exibicionismo, de um lado, e voyeurismo, de outro). Sentei ali enquanto meu par tirou minha calcinha por baixo da saia e passou a me tocar enquanto a gente se beijava. Eu ouvia o casal ofegante do nosso lado, o que me deixava com mais tesão, e ele enfiou os dedos em mim, me fazendo gemer alto.

Ele já tinha as calças abaixadas quando eu fui tocá-lo, chocada com o tamanho, batendo uma pra ele enquanto a menina ao lado gemia bem perto do meu ouvido. Ele ajoelhou na frente das minhas pernas abertas e enquanto colocava uma camisinha, pude ter mais contato com a moça. A gente se beijou rapidamente enquanto ele começou a me penetrar e o outro rapaz a comia com força. Meu par passava as mãos no meu peito enquanto me puxava para baixo, metendo fundo, e eu gritava a cada bombada dele, com a música alta abafando meu som.

Ele batia cada vez mais forte e mais rápido e meus olhos giravam de tesão. Sentia várias mãos no meu peito, talvez dele, talvez dela, talvez de outras pessoas que estavam em volta, assistindo. Fechei os olhos e deixei aquela fantasia tomar conta, só sentindo ele bater fundo sem parar, gritando junto comigo até a hora que o vi tremendo, gozando alto pra quem quisesse ver.

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Imagem: Adams Carvalho/UOL

Ficamos ali ofegantes por um instante nos olhando, aos poucos nos dando conta de que havia uma verdadeira plateia nos assistindo. O casal ao lado já se acalmava no canto. Ele saiu de dentro lentamente, eu me recompus com calma e aos poucos a normalidade daquele momento foi tomando forma. Uma delícia poder se jogar em uma fantasia sem olhares de julgamento, apenas de cumplicidade. Voltamos para nossas turmas sem nem ao menos trocarmos nomes. Saí de lá como se tivesse perdido a virgindade, olhando pra todos com cara de quem fez uma travessura. E que travessura.