De casamento marcado, brasileira organiza encontros de sexo grupal nos EUA
Receba notificações de novas publicações no seu email
Participei da minha primeira suruba com um ex-namorado. Foi como se uma nova porta se abrisse, com liberdade e um prazer imensos, que nunca achei que fosse possível sentir. Sou cristã, frequento igreja e não me considero pecadora; além disso, nunca escondi do meu atual parceiro, com quem estou de casamento marcado, minha predileção pelo sexo grupal. Ele embarcou nessa comigo e hoje temos nosso próprio grupo, que se reúne duas quintas-feiras por mês para transar.
A ideia de criá-lo veio exatamente da dificuldade em lidar com o tabu que envolve a prática, e encontrar adeptos de confiança. É muito difícil falar sobre o assunto. Há o julgamento moral, o julgamento religioso, o julgamento pelo simples fato de julgar. As pessoas em geral gostam de fofoca e, por mais que tenham suas taras, sempre vão apontar dedos. E é exatamente por não sentirmos nada de errado na prática que precisamos de cautela antes de aceitar quem entra no nosso grupo.
A maioria dos nossos amigos, colegas de trabalho e pessoas que frequentam a mesma igreja que nós são do Brasil ou de Honduras, onde meu noivo nasceu.
Conforme vamos nos aproximando das pessoas, damos alguns sinais das nossas preferências. De tempos em tempos fazemos um churrasco ou marcamos algum evento social para conhecer novas pessoas e para estreitar os laços com os amigos que já temos.
Foi desse jeito que chegamos ao grupo que temos hoje, com oito pessoas (quatro casais). Uma vez por mês, abrimos para um ou outro "convidado", que pode chegar por meio de algum dos membros, mas passa por uma espécie de "due diligence" (diligência prévia) envolvendo idade, estado civil, local de nascimento, amigos em comum, e até ser ou não frequentador de igreja e seguir a mesma filosofia religiosa que seguimos.
Embora tenhamos regras para admitir membros, não há regras para o sexo. Adoro transar com meninas e trocar de parceiro - e o mesmo acontece com os homens, que muitas vezes também transam entre si. Adoro assistir. Como eu não sou muito fã de sexo anal, não ligo de o meu namorado praticar com outro homem, seja dando ou recebendo. Também não existe ciúmes se ele transar com outra mulher. Nosso compromisso é baseado em confiança.
Não paro muito para pensar no efeito moral dos nossos encontros, porque realmente me sinto confortável e segura de que não fazemos nada errado; estamos seguindo nossos desejos sem prejudicar ninguém. E praticar sexo grupal não afeta nem mesmo a minha fé e minha religiosidade: acho que Deus me fez quem eu sou e sabe exatamente o que vai no meu coração.
Estou de casamento marcado, e eu e meu futuro marido já entramos num acordo: não vamos parar de organizar nossos encontros ou frequentar outros grupos de sexo grupal. Somos privilegiados por termos nos encontrado e por poder compartilhar fantasias sendo 100% verdadeiros um com o outro - coisas que muitos casais não têm. Temos uma vida sexual saudável, e a suruba é parte dela.
*Nome trocado a pedido da fonte
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.