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Aba Anônima

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Numa troca de casais, meu namorado dormiu e eu fui a estrela da noite

Layse Almada/UOL
Imagem: Layse Almada/UOL

A.B*

Colaboração para o TAB, de São Paulo

13/12/2022 22h00

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Chegamos ao bar mais tarde que os outros, que estavam lá desde as 16h. Eram quase 19h e cometemos aquele erro dos retardatários: eu e Marcos, meu namorado, bebemos tudo que tinha pela frente para acompanhar quem estava se embriagando por mais de três horas.

Quando os garçons começaram a subir algumas cadeiras para cima das mesas, sobramos quatro: eu, meu namorado, minha amiga Natália e o novo namorado dela, Caio. Já estávamos no ponto de brincar de "Eu Nunca", como se fôssemos dez anos mais jovens. A cada rodada, novos shots, risadas e revelações. Parecia que a noite ia terminar de uma maneira muito divertida, mas eu não sabia o quanto.

Numa das perguntas, minha amiga disse: "Eu nunca fiz troca de casal". Caio e ela se olharam rindo e tomaram um gole grande. Eu e Marcos ficamos parados, meio sem graça — a gente estava junto havia três anos e nunca tinha chegado perto disso. Já tínhamos conversado sobre ménage enquanto estávamos transando, mas parecia que era uma tara mais minha do que dele pegar uma mulher. Ele toparia, claro, que homem que não topa? Mas a troca de casais nunca tinha sido cogitada.

Eles começaram a perguntar — e pareciam muito interessados — se éramos monogâmicos. Não sabia muito bem o que responder e não queria parecer careta. Mas Marcos estava do meu lado, então não dava para trocar olhares cúmplices com ele. Natália começou a contar que frequentavam swings, que o lugar era respeitoso, que dava para ir somente para olhar, por exemplo. E ali podíamos fazer o que tivéssemos vontade, quando quiséssemos. Ouvíamos atentos, e a cada frase eu sentia que estava ficando mais molhada.

Senti que o Marcos colocava a mão na minha coxa enquanto eles falavam, apontando o polegar pra minha calcinha, por baixo da saia, mas sem tocar na minha boceta. Tudo estava quente. Ele perguntava para Natália se ela já tinha dado para outros caras e ela dizia que sim, perguntava se eles não ficavam mal com isso e eles diziam que não, perguntava se usavam camisinha e os dois respondiam que sim, óbvio. Tudo isso roçando o polegar, buscando minha calcinha encharcada. Eu estava imóvel, dando golinhos pequenos do meu drinque, enquanto o olhar de Caio, do outro lado da mesa, me fazia imaginar que ele estava tirando minha roupa inteira.

"Vamos hoje?", eles perguntaram de repente. E Marcos finalmente olhou para mim buscando aprovação. Vamos, eu disse rindo e tentando disfarçar a empolgação e a dúvida do que aconteceria quando eu pegasse o namorado bonitão da minha amiga.

Entramos no carro rindo, conversando sobre como as noites rumam para desfechos surpreendentes. No caminho, Caio disse: "E se em vez de ir ao swing fôssemos lá para casa?". Natália buscou meu olhar no banco de trás e Marcos concordou por mim: "Bora, a gente bebe e vê o que rola".

Lá, preparamos uns drinques, Marcos escolheu um som animado com os discos que havia na sala, conversamos um pouco. Na cozinha, quando fui buscar mais gelo, Caio apertou minha bunda com força e me deu uma chupada na nuca. Eu virei assustada e ele piscou para mim todo gentil. Eu gostei.

Quando voltei para a sala, Natália estava no colo de Marcos, de frente, só de sutiã. Ele olhava fixamente para os seios dela, enquanto ela desabotoava devagar a camisa dele. Olhei o copo de gim dele — estava vazio. O dela também, e ela disse: "Seu namorado virou os dois drinques, achei que vocês iam fazer outro para mim". Marcos nem me olhou e Caio apagou a luz da sala, me puxando pela cintura para o corredor. Ali, prendeu minhas mãos para cima, na parede, e começou a roçar a barba no meu pescoço, enquanto sua mão apertava meu peito. Eu estava com tesão, mas estava apreensiva. Ouvia os beijos do meu namorado e da minha amiga na sala e ficava meio confusa. Mas não tinha forças nem vontade de recuar. Ele foi me conduzindo e me enfiou no primeiro quarto que achou. Tirou minha roupa rapidamente e me deitou na cama, me olhando. Eu estava desesperada para dar.

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Imagem: Layse Almada/UOL

Sou uma daquelas exceções — uma mulher que goza rápido com penetração. Se ele fizesse do jeito certo, e parecia que sabia fazer, eu gozaria muito e rápido. Mas ele não estava com pressa.

Enquanto eu me contorcia pedindo para ele me comer, ele dava beliscadas leves nos meus lábios, passava o dedo no meu clitóris, lambia o bico do meu peito. A cada movimento que fazia, me mandava pedir de novo. E eu dizia "mete", sussurrando.

Eu não sei por quanto tempo Natália esteve no quarto. Só a vi se aproximando, dizendo: "Agora é a minha vez". Chegou perto de mim e me beijou com vontade. Enfiou os dois dedos em mim para constatar que eu estava molhada, e os ofereceu para Caio lamber. "Seu namorado não quis brincar comigo e dormiu", ela disse.

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Imagem: Layse Almada/UOL

Eu tinha duas opções: fazer o que era certo, me vestir e acordar o Marcos; ou fazer o que eu queria. Escolhi a segunda opção e não me mexi. Natália resolveu me chupar e avisei que demoro muito para gozar assim — ela riu. Os dois fizeram tudo que queriam comigo. Eu não sei quantas vezes gozei com a língua deles. Enquanto tudo isso acontecia, eles se beijavam muito. Estavam empolgados.

Caio avisou que eu queria que ele me comesse (eu nem lembrava mais disso) e Natália topou na hora. Gozei mais um pouco. No fim, ele comeu Natália enquanto ela, de quatro, me chupava.

Quase não tinha forças para levantar quando me troquei e saí do quarto: os dois dormiam. Acordei Marcos no sofá — ele estava meio bêbado e zonzo — e pegamos um táxi. Em casa, fui tomar um banho e ele deitou com a roupa do bar na cama. Acordei cedo, fui correr no parque e quando voltei ele tinha comprado pão. Me perguntou o que tinha sido aquela loucura de ontem e eu dei de ombros. Ele insistiu: "Rolou algo depois que eu dormi?". Eu garanti que, sem muito entusiasmo, tinha dado uns beijos no Caio, mas achado meio sem graça. Ele riu e me pegou pela cintura: "O que que deu na gente, hein?".

Naquele dia, trepamos mais duas vezes.