Famílias acusam Polícia Militar do Paraná de execuções

A letalidade policial no Paraná, uma das maiores do país nos últimos anos, tem seu cenário agravado por denúncias de perícias superficiais e relatos conflitantes sobre as mortes, feitas por familiares das vítimas e especialistas. Essas acusações são reforçadas pela análise de três peritos que, a convite do UOL, examinaram 22 laudos obtidos pela reportagem sobre crimes ocorridos entre 2018 e 2023.

Entre as falhas apontadas estão a falta de exames completos, ausência de testes residuográficos — por omissão dos delegados ou pela lavagem dos corpos —, incineração das roupas das vítimas e o impedimento do reconhecimento presencial. A legítima defesa alegada por policiais é contestada por inconsistências nos depoimentos, excesso de tiros e disparos em regiões vitais. A maioria dos inquéritos se arrasta há mais de três anos.