O FUTURO DO SEXO

PARTE 2


Sexting para aliviar a carência e suruba virtual são tema da segunda parte da HQ sobre o futuro do sexo

Para navegar pelo especial, use os links abaixo:

Parte 1
"Solidão, tédio & tesão": carência no isolamento
"Acaba quando?": vibradores e bonecos sexuais

Parte 2
"Oi sumida & tédio": sexting vem com tudo
"Bloco do Zoom sozinho": a febre das festas virtuais

Parte 3
"Mexe pra cam": a procura por trabalho sexual virtual
"Deslize para a direita": a volta dos webnamoros

Parte 4
"Perdão pelo vacilo": furões de quarentena
"Solidão & tesão... ainda": dá pra pensar em Carnaval?

PARTE 2

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Para quem está solteiro, não temos uma fórmula para saciar as noites de carência. O jeito é improvisar com um hábito conhecido que veio com a chegada dos celulares com câmera: mandar nudes. Pois é, o bom e velho sexo virtual.

"O futuro pós-coronavírus pode favorecer o sexo sem toque, mas também vai aguçar a vontade de ter contato. A valorização do contato físico vai ser bem maior", indaga Carmita Abdo, psiquiatra, fundadora e coordenadora geral do ProSex, dentro do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo.

O vírus apenas legitimou um comportamento que até antes de ele chegar era estranho para muita gente. Se essas mídias sociais não existissem, seria o telefone no lugar"

Pode não ser novidade fazer sexo virtual, mas para quem torcia o nariz, essa forma de relação vai estar cada vez mais presente em nossas vidas. "Essa digitalização é extremamente interessante e consegue colocar a gente em certo contato com outras pessoas, no isolamento. Facilita as conexões e faz com que as pessoas e os relacionamentos fiquem mais abertos para outras formas de sentir, não só prazer sexual", observa Rita Wu.

O novo normal já chegou. E é hora de expandir a sexualidade e o desejo, diz Michel Alcoforado.

Ligue o áudio e veja um trecho do vídeo a seguir.

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Já estamos acostumados a encarar nossa presença virtual como uma extensão de nós mesmos, mas agora, nossa persona na internet dá as caras em espaços de trabalho e de lazer que estavam livres disso antes da quarentena. O trabalho agora é monitorado por videoconferências intermináveis. Veículos publicam manual de etiqueta para reunião por Zoom. E, até para festejar, é preciso estar logado em algum site.

E, claro, como estamos falando da internet, já deram um jeito de transformar o happy hour em algo sexual. Festas de sexo, ou melhor, surubas virtuais foram organizadas em diversos países para unir desinibidos entediados.

A repórter de TAB Marie Declercq presenciou uma festa de sexo pelo Zoom e ficou com saudade de calor humano. Leia mais sobre a experiência dela aqui.

No futuro vislumbrado pelo antropólogo Michel Alcoforado, o sexo com outras pessoas passará a ser um evento. Ainda que a pandemia passe, esse cuidado no contato com o outro vai persistir.

As pessoas já gostavam de fazer bizarrices, só que elas faziam isso na calada da noite, escondidas"

"O problema das redes sociais era que a gente tinha que encontrar [o outro], agora que não tem mais, é maravilhoso. A gente começa a trabalhar na lógica de que não precisa mais da troca, só do desejo, porque a base da relação sexual é o desejo", observa.

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Crise leva muitos a oferecer sexo pela cam e, na vida íntima, o webnamoro voltou. Leia a Parte 3.

Para navegar pelo especial, use os links abaixo:

Parte 1
"Solidão, tédio & tesão": carência no isolamento
"Acaba quando?": vibradores e bonecos sexuais

Parte 2
"Oi sumida & tédio": sexting vem com tudo
"Bloco do Zoom sozinho": a febre das festas virtuais

Parte 3
"Mexe pra cam": a procura por trabalho sexual virtual
"Deslize para a direita": a volta dos webnamoros

Parte 4
"Perdão pelo vacilo": furões de quarentena
"Solidão & tesão... ainda": dá pra pensar em Carnaval?

Reportagem e texto: Marie Declercq e Tiago Dias
Edição: Olívia Fraga
Adaptação de roteiro e direção criativa da HQ: Carlos Farinha
Ilustração: Rodrigo Rosa
Edição de vídeo: Mariah Kay
Animação da capa: Leonardo Rodrigues
Direção de arte: René Cardillo

Publicado em 03 de agosto de 2020