O FUTURO DO SEXO

PARTE 3


O trabalho sexual na pandemia e a volta dos namoros virtuais são tema da terceira parte da HQ sobre o futuro do sexo

Para navegar pelo especial, use os links abaixo:

Parte 1
"Solidão, tédio & tesão": carência no isolamento
"Acaba quando?": vibradores e bonecos sexuais

Parte 2
"Oi sumida & tédio": sexting vem com tudo
"Bloco do Zoom sozinho": a febre das festas virtuais

Parte 3
"Mexe pra cam": a procura por trabalho sexual virtual
"Deslize para a direita": a volta dos webnamoros

Parte 4
"Perdão pelo vacilo": furões de quarentena
"Solidão & tesão... ainda": dá pra pensar em Carnaval?

PARTE 3

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Nesse cenário desolador causado pela pandemia, não é exagero pensar que todas as categorias de trabalhadores tiveram de se adaptar para continuar ganhando. Agora, com tudo acontecendo online, somado à uma crise econômica, o trabalho sexual na internet passou a ser uma saída viável para muita gente trancada em casa.

Segundo a pesquisa do Instituto Kinsey, muitas pessoas visitaram sites de camming e pornografia pela primeira vez na pandemia, ou abriram uma conta para trabalhar com isso. Talvez seja a época de maior evidência da categoria e dos seus percalços -- inclusive podemos observar com mais afinco a uberização do trabalho sexual.

O sadomasoquismo se digitalizou ainda mais, com dominadoras profissionais investindo na produção de conteúdo diário, em aplicativos de troca de mensagens e em dominação psicológica. Mistress Charlotte, que conversou com TAB, dá ordens e controla o comportamento de submissos à distância.

No vídeo a seguir, ligue o som para ouvir o que a dominadora e antropóloga Paula Antropoalien tem a dizer sobre trabalho sexual em tempos de crise. Ela participou de um minidocumentário, ao lado de Emme White e outros trabalhadores sexuais, sobre o que tem vivido, no mundo real e online, durante a pandemia.

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Sai de cena o sexo casual, ressurge o webnamoro -- ou quase isso. Os aplicativos de relacionamento não pararam de funcionar, mas especialistas afirmam que essas plataformas estão servindo mais como um lugar de bate-papo e estabelecimento de uma conexão mais profunda do que o primeiro passo antes de marcar um date que pode não dar em nada -- ou melhor, pode nem acontecer na vida real.

"Mais pessoas estão ficando online para criar conexões com outras. Elas afirmam que estão mantendo conversas mais profundas, mais significativas e íntimas, no campo virtual, do que antes", explica Lehmiller. "Talvez os apps de relacionamento deixem de ser aquele ato mecânico de arrastar para a esquerda ou para direita, ou olhar para fotos. É possível que se tornem ferramenta para as pessoas se conectarem e formarem uma conexão emocional na intimidade, antes de se encontrarem ao vivo."

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Escapadas de quarentena dão um peso na consciência... E ninguém sabe o que vai ser do Carnaval. Leia a Parte 4.

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Parte 1
"Solidão, tédio & tesão": carência no isolamento
"Acaba quando?": vibradores e bonecos sexuais

Parte 2
"Oi sumida & tédio": sexting vem com tudo
"Bloco do Zoom sozinho": a febre das festas virtuais

Parte 3
"Mexe pra cam": a procura por trabalho sexual virtual
"Deslize para a direita": a volta dos webnamoros

Parte 4
"Perdão pelo vacilo": furões de quarentena
"Solidão & tesão... ainda": dá pra pensar em Carnaval?

Reportagem e texto: Marie Declercq e Tiago Dias
Edição: Olívia Fraga
Adaptação de roteiro e direção criativa da HQ: Carlos Farinha
Ilustração: Rodrigo Rosa
Edição de vídeo: Mariah Kay
Animação da capa: Leonardo Rodrigues
Direção de arte: René Cardillo

Publicado em 03 de agosto de 2020