DJ não é só pose, diz Fatboy Slim: "Nós apertamos botões, não só o do play"
De DJ de um estande de hambúrguer até atração principal de grandes festivais, Fatboy Slim - como Norman Cook é internacionalmente conhecido - já viu e fez de tudo. Após ajudar a solidificar o terreno da EDM e seduzir plateias com clipes inovadores na era da MTV, ele faz agora a trilha sonora de um filme "mudo" sobre o paraíso da música eletrônica na Europa.
Dirigido por Julien Temple, "Ibiza - The Silent Movie" é, como o título sugere, um filme sem diálogos. "Nesse sentido, é o filme silencioso mais barulhento que você pode ouvir", disse o DJ, em conversa com fãs em seu site oficial.
O filme reúne imagens de momentos específicos da história de Ibiza, que remontam o folclore em torno da ilha branca -- da era hippie a refúgio de nazistas, da guerra civil ao auge de suas baladas. Dança e música são os fios condutores da história que salta entre os tempos -- tudo sem diálogo. O que importa é a performance. Algo que Fatboy Slim, como um representante da era do DJ superstar, sabe fazer muito bem.
"Eu conheço um monte de DJs que ao me conhecerem disseram: 'Eu nunca poderia fazer o que você faz porque muito disso é pantomima', e eu penso: 'Bem, isso excita as pessoas'", disse, em entrevista a "NME". Para ele, toda a performance de um DJ em cima do palco vai além de entregar a música.
"A única coisa que temos que nos assegurar é de que não somos apenas uma espécie de pop stars que apenas ficam lá, sabe? As pessoas nos detonam dizendo que nós apenas ficamos lá e apertamos o play. Há uma responsabilidade de não cairmos nessas armadilhas, de que ainda somos rock'n'roll em vez de pinups e que, na verdade, estamos realmente agitando a festa em vez de apenas fazer pose", defende.
Não que a lenda de que DJs na verdade só apertam botões seja totalmente inverídica. "Quero dizer, nós somos apertadores de botão, mas não apertamos apenas o play", afirma. "Às vezes pressionamos muitos botões".
Ele afirma que esse comentário fez unir ainda mais a cena. "Nós tendemos a nos unir em vez de reclamar sobre isso", afirma.
"Por ter começado a discotecar em Glastonbury em uma pequena tenda lateral, ou tocado em uma banca de hambúrguer porque não havia palcos para os DJs, ver a gente ter nossas próprias tendas de dança e depois ser colocados em outros palcos é uma coisa e tanto. Eu vi isso de dentro, todo esse crescimento e está lindo. "
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