'Todos os dias tem fiscais na rua', diz diretor da SP Regula

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Diretor da SP Regula na gestão Ricardo Nunes (MDB), João Manoel da Costa Neto diz que espera convocar cerca de 50 fiscais que passaram no único concurso promovido pela agência, em 2024.
O órgão fiscaliza serviços privatizados na cidade de São Paulo.
Ele conta que o quadro atual de fiscais (24, conforme mostrou o UOL) tem se dividido em turnos sete dias por semana para fiscalizar as quatro áreas sob responsabilidade da SP Regula.
Ele considera que os cargos comissionados (78 de um total de 145) foram contratados por competências técnicas e por serem "memória viva" da cidade de São Paulo.
Confira a seguir os principais trechos da entrevista:
UOL - Qual é o papel da SP Regula?
João Manoel da Costa Neto - A agência foi implementada em 2021 para regular e fiscalizar serviços públicos no município, que tem um plano sólido de desestatização. Era necessária uma agência multissetorial para acompanhar esses contratos.
Como é feita a fiscalização?
Há duas frentes: a contratual, que acompanha se o que foi acordado está sendo entregue, e a da prestação do serviço ao cidadão. O fiscal vai a campo, verifica vários serviços por dia e é treinado para todas as áreas. Todos os dias temos fiscais na rua.
24 fiscais são suficientes?
É um começo. A agência e o concurso são recentes. Das 150 vagas abertas, 53 são para fiscais. Pretendemos chamar mais servidores em breve.
Como funciona o atendimento via 156?
O canal concentra reclamações. A prefeitura encaminha à SP Regula, que aciona a gerência responsável, coleta as informações e responde ao munícipe. A diferença é que nós fiscalizamos serviços prestados por concessionárias, não diretamente pela prefeitura.
Como foram escolhidos os comissionados?
Os cargos são de livre nomeação do prefeito. Muitos foram escolhidos por formação técnica e análise de currículos, outros por experiência histórica com o serviço público. Há também indicações políticas, como é comum nesses cargos. Todos os nomes passam por avaliação do Comap [Conselho Municipal de Administração Pública].
As reformas do Mercadão e do Mercado Kinjo Yamato parecem longe de terminar. É papel da SP Regula acompanhá-las?
Sim. Mercados como o Kinjo Yamato e o Mercadão são bens tombados, o que exige licenciamento especial. Por isso, as obras atrasam. O prazo oficial era 6 de agosto, mas a gente deve deliberar na diretoria colegiada uma nova prorrogação.
No cemitério da Lapa, um cartaz diz que 'concessionárias têm liberdade para oferecer produtos e serviços', mas que todos podem escolher opções 'sociais'.
O serviço "social" está disponível a todos, mas famílias relatam abordagens abusivas antes de chegar à concessionária. Desde maio, a SP Regula envia ao celular e ao email dos responsáveis pelo óbito um manual com as regras de contratação e os preços oficiais.
Na Lapa, túmulos têm um pequeno cartaz que diz: 'Não abandone seu jazigo. Faça o recadastramento!'. O que quer dizer?
A manutenção dos jazigos é responsabilidade das famílias, não das concessionárias. Se o cadastro está desatualizado, o túmulo pode ser retomado. É o que ocorreu com um jazigo da minha família. Quando fui buscar informações, descobri que ele havia sido passado adiante.
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