Sabrina desconstrói o fake e dá lição de criação: "Internet não tem regra"
"Vocês nunca mais vão esquecer o que vão aprender aqui hoje", anuncia Sabrina Sato para a plateia do Salão Nobre do Club Homs, na avenida Paulista.
Antes da aula, ela provoca gargalhadas ao sugerir que, em um domingo frio e chuvoso como aquele, nada melhor do que fazer uma suruba para animar. "Vai ser o surubão da Paulista. O que acha, mãe?", pergunta, apontando para a presença ilustre na plateia. "Mentira, gente. O assunto hoje é sério".
Primeira grande estrela a se manter no show business após participar de um reality show, a apresentadora falou sobre como produz conteúdo para diferentes plataformas midiáticas na palestra "Tá tudo dominado", do Festival Path, maior evento de inovação e criatividade do país, que acontece no fim de semana na região da Avenida Paulista - e que, neste ano, é apresentado pelo TAB.
O bate-papo foi conduzido pelo jornalista Ricky Hiraoka, que quis saber qual o segredo para ela se manter em evidência desde o fim da participação no "Big Brother Brasil" - ela participou da terceira edição do programa da TV Globo, em 2003.
O segredo, segundo ela, é "ser de verdade", estratégia que deixa "tudo mais gostoso, mais fácil e menos pesado".
Eu não tenho vergonha de expor meus sentimentos, minhas vitórias e minhas fraquezas. Todo dia peço ajuda para as minhas amigas, para minha mãe. Não tenho vergonha de compartilhar. Mando fotos para saber a opinião delas antes de postar no Instagram.
Outro segredo é "ter uma vida legal" para mostrar nas redes. "O fake não sobrevive. Não por muito tempo. Cada vez mais a gente quer a verdade", afirma Sabrina.
Uma curiosidade compartilhada pela artista é que, na época em que trabalhava no "Pânico na TV", 70% do seu público nas redes sociais era masculino. "Hoje é o contrário. Me lasquei", contou, entre risos. "Brincadeira, as mulheres que mandam", completa.
Hiraoka quis saber também como é o processo criativo da apresentadora. Novo segredo revelado: "Nesses anos todos, sempre vai teve alguém para falar 'não'. Então você não escuta. Vão querer que a gente se enquadre sempre na regra. Às vezes você se enquadra para se libertar de novo. A melhor forma é se manter autêntico", explica.
Mas e o processo criativo?
Eu crio de uma forma assim... o legal da internet é a liberdade da criação. Todo mundo diz que o conteúdo precisa ser curto. Mas não tem regra. Você faz do jeito que você acha legal. Vamos ser livres nesse momento, fazer o que a gente tem vontade.
Na TV, o maior aprendizado, segundo Sabrina Sato, foi sair da própria bolha. "O mundo se abre pra você. É importante ter outras visões. Quando a gente convive com as mesmas pessoas a gente para de crescer. Por isso eu gosto dos novinhos", diz, rindo.
"Ao longo dos anos, percebi, frequentando todos os lugares, como é legal ir para as periferias. Eu gravava muito nas periferias de São Paulo e do Rio de Janeiro, e lá a gente percebe que eles ditam as modas. Quer entender as tendências? Vai para esses lugares. A gente não pode se fechar. Sair da zona de conforto é o que nos faz crescer como ser humano", afirma.
Antes de encerrar, ela mandou um recado à plateia e aos internautas: "As redes sociais tem que ter menos ódio e mais amor. Tá faltando entender o próximo e se colocar no lugar dele", completa.
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