Olá, leitores, como estão? Cá estou, em mais uma semana, para trazer o resumo de TAB, esse espaço virtual onde a gente conta para vocês as histórias mais legais e o que há de mais interessante por aí afora. Perdeu alguma coisa que publicamos nestes últimos dias? Não se preocupe! Eu conto aqui o que foi destaque: temos rolês pelas "transformadas" Barra Funda e rua Augusta, a movimentação dos presidenciáveis na Bahia, a situação dos ex-governadores pró-vacina João Doria e Wellington Dias, o ex-soldador que virou designer de unhas, a cobra que (não) sumiu e uma Campos do Jordão "desconhecida". Boa leitura! Barra profunda No especial desta semana o repórter Rodrigo Bertolotto e a fotógrafa Camila Svenson mostram como a elitização ameaça apagar a história da Barra Funda, bairro industrial antes ocupado por descendentes de italianos e negros no momento pós-abolição, mas que virou um canteiro de obras da cidade. A reportagem faz um retrato sobre a chegada de novos moradores e do desaparecimento de cortiços e galpões, que agora dão lugar a megacondomínios, ateliês e restaurantes. O que a Bahia tem? Apesar de oficialmente a campanha eleitoral só começar em agosto, os presidenciáveis já estão nas ruas, atrás dos votos. Na Bahia, por exemplo, cinco deles foram participar das comemorações do 2 de Julho, incluindo os líderes das pesquisas, Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). O que causou uma movimentação atípica na festa que é tão popular e orgulho para os baianos, como conta o jornalista Alexandro Mota. Por falar em eleições? Nós publicamos uma reportagem mostrando como estão os ex-governadores João Doria (PSDB), de São Paulo, e Wellington Dias (PT), do Piauí, que lideraram o movimento de vacinação de covid-19 no Brasil a contragosto do governo federal. Doria desistiu de concorrer à Presidência e voltou à iniciativa privada, enquanto Dias disputa o Senado e é articulador da chapa de Lula e Alckmin para 2022. Confira no texto de Cláudia Castello Branco. Mudança de carreira Há cerca de um mês, Henrique Albertasse, 26, fazia dupla jornada. Acordava às 4h30 da manhã e pegava o ônibus que o levava a uma fábrica de automóveis, onde trabalhava. Lá fazia o turno das 6h às 15h. Mal chegava em sua casa, na cidade de Hortolândia (SP), e já partia para o segundo emprego como "nail designer", onde saía, muitas vezes, após as 22h. Mas o que era complemento de renda foi o estopim para uma reviravolta na carreira: de anônimo no chão de fábrica, agora ele acumula cerca de 60 mil seguidores em seu perfil do Instagram fazendo sucesso em alongamentos de unha. Olha a cobra! Sylas, a jiboia, tinha acabado de trocar de pele. Depois de uns dias de jejum por causa da mudança de visual, o bicho resolveu ir até a cozinha ver se tinha alguma coisinha para matar a fome e por lá ficou escondido, para desespero da sua tutora, Bruna. Preocupada, a moça avisou numa comunidade do Facebook para que os vizinhos não matassem a cobra caso o encontrassem. Foi o suficiente para dias de rebuliço e fama em torno da serpente influencer, que tem mais de 25 mil seguidores no Instagram. Não instagramável Quem vê Campos do Jordão figurar nas fotos de turistas agasalhados como a "Suíça brasileira" nem sabe o que acontece ali no verão: todo ano as chuvas causam mortes nos bairros pobres, onde muitas pessoas se instalam em encostas de morro. Também é difícil viver fora do centro turístico, que cada vez mais esmaga as favelas. Rodrigo Bertolotto entrevistou os moradores de lá, como o ajudante geral Fernando Ferreira, 34, que sobreviveu a um desmoronamento em janeiro, e revela em reportagem uma outra face do "paraíso". Liberdade negra A origem do bairro da Liberdade, em São Paulo, foi quase esquecida nas últimas décadas, em meio às inúmeras lojinhas e restaurantes japoneses, chineses e coreanos que funcionam por ali. 'Enforcada' por prédios, no entanto, a Capela dos Aflitos é herança negra naquela região e serve de exemplo perfeito ao apagamento histórico do passado escravocrata do país, como conta a repórter Marie Declerq, que visitou o local. 'Augusta (que saudade)' A repórter Juliana Sayuri deu uma voltinha pela rua Augusta, reduto de todas as boemias de São Paulo, para resgatar a história e as transformações da região e contar como ela está atualmente, pós-pandemia. Enquanto alguns bares tentam reabrir e retomar o movimento, a paisagem também vai mudando com novos prédios e o "sumiço" de lugares históricos. Da newsletter de Daniela Pinheiro Na última edição, a jornalista entrevistou o almirante Flávio Rocha, secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República -- cujo gabinete, no terceiro andar do Palácio do Planalto, é colado com o de Jair Bolsonaro. Nos últimos anos, aliás, Rocha estreitou os laços com chefe de Estado, que conta com ele quando quer colocar algum plano em curso ou ajeitar o desajeitado. Para receber por e-mail e ler na íntegra as próximas newsletters da jornalista Daniela Pinheiro, cadastre-se aqui. |