Gossip Girl volta com desafio de superar tecnologia atual
O ano era 2007 e maior sonho adolescente era um celular de flip. Um modelo com acesso a internet seria um bônus. No mundo de 12 anos atrás, pouca gente se informava exclusivamente pelas redes sociais. O Twitter estava nascendo e o Facebook era um bebê de apenas três anos. O Instagram e o WhatsApp ainda eram tecnologias impensáveis, apesar de já existir comunicação via SMS, o fotolog e o flogão, além dos álbuns de 12 fotos do Orkut.
Foi neste contexto que estreou a série Gossip Girl, inspirada na série de livros homônima, que falava sobre a vida de adolescentes ricos vivendo no Upper East Side de Nova York. Ao longo de seis temporadas, a garota do blog publicou fofocas sobre os jovens da elite enquanto narrava a história, sem revelar sua identidade.
Agora que Gossip Girl vai voltar às telas, os fãs se perguntam qual será o papel da fofoqueira preferida de Manhattan num mundo em que cada pessoa com uma conta em qualquer rede social é sua própria Gossip Girl e divide a vida com seguidores.
A série foi visionária ao retratar o efeito da tecnologia nas relações sociais. A tecnologia era central e essencial para a trama. Sem seus celulares, o blog e a internet, a história não seria interessante no século 21. "Foi um impacto muito grande porque foi uma das primeiras vezes que a gente conseguiu ver num produto de ficção qual seria a importância de ter uma forma de comunicação digital mexendo com o cotidiano das pessoas", afirma Luis Mauro Sá Martino, professor e pesquisador da área de comunicação da Faculdade Cásper Líbero.
A nova versão da série nasce no ápice das redes sociais e da falta de preocupação com privacidade, uma era em que o público se mistura com o privado por meio das telas. Para Martino, o maior desafio da nova versão será pensar uma história similar em um ambiente ultraconectado. Neste contexto, o valor da informação é muito maior.
"A gente está cercado por mídia. O desafio é encontrar uma informação importante o bastante para chamar atenção", diz Martino. "Brincando com o título da série, o desafio é encontrar 'gossip', um boato que seja tão importante que chame a atenção. O que está em jogo é o valor dessa informação, tanto quanto a forma como ela é divulgada."
A curiosidade pela fofoca, no entanto, existe desde que o mundo é mundo. Isso, inclusive, é um dos fatores que explica o sucesso da série. "A questão do rumor, do segredo é fundamental na relação até entre países. O problema é que antes havia dificuldade de encontrar informações", diz Martino. "O que a tecnologia permitiu foi um acesso maior para dar conta dessa curiosidade que nós sempre tivemos."
Se a Gossip Girl vai usar a tecnologia com sabedoria, veremos. Mas o que sabemos é que a amamos, não é mesmo? XOXO!
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