Trump quer que redes sociais identifiquem atiradores antes dos ataques

Depois de dois tiroteios em massa chocarem os Estados Unidos neste fim de semana, o presidente Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (5) que vai pedir às redes sociais que desenvolvam ferramentas para detectar potenciais ataques no país. As chacinas em El Paso e Ohio resultaram na morte de 31 pessoas.
Em seu discurso sobre a onda violenta, Trump disse que é necessário "fazer um melhor trabalho para identificar e agir com sinais de alerta antecipado". Ele sugeriu que as empresas de mídia social desenvolvam novas formas de capturar o que chamou de "bandeiras vermelhas".
"Estou orientando o Departamento de Justiça para trabalhar em parceria com agências estaduais e federais locais, bem como empresas de mídia social, para desenvolver ferramentas que possam detectar atiradores em massa antes que eles ataquem", disse Trump no discurso.
Embora o presidente não tenha especificado como essas "ferramentas" possam funcionar, Trump parece sugerir que empresas como o Facebook usem softwares para detectar possíveis atiradores com base em suas atividades na plataforma, o que certamente levanta questões importantes, como a privacidade dos usuários.
Trump, que sugeriu no Twitter no início da manhã que a mídia "contribuiu muito para a raiva e a ira" nos Estados Unidos, também condenou a cultura dos games: "[São] jogos horríveis e medonhos que agora são comuns".
A ESA, associação de Softwares de Entretenimento dos Estados Unidos, divulgou uma nota logo após as declarações de Trump reafirmando que estudos científicos indicam "que não há conexão entre videogames e violência".
O TAB se debruçou sobre o assunto na reportagem "A Psicologia do Massacre", sobre o massacre na escola Raul Brasil, em Suzano (SP), em março passado. Psicanalistas e especialistas em segurança observaram uma combinação de fatores para os ataques, entre eles está bullying, fóruns extremistas na internet e discurso de ódio.
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