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Babás eletrônicas assustam pais com imagens de fantasmas e alarmes falsos

Getty Images
Imagem: Getty Images

Do TAB

Em São Paulo

14/08/2019 14h04

Diversos pais que usam babás eletrônicas estão vendo coisas e tomando sustos que poderiam estar no roteiro de filmes como "Atividade Paranormal". É o caso da norte-americana Natalie Wallace, que revelou ao The Wall Street Journal estranhas manchas coloridas, em forma humana, que apareceram nas câmeras de sua babá eletrônica.

O objetivo da tecnologia é detectar movimentos. No entanto, de acordo com Natalie, o bebê estava em sono profundo quando a câmera capturou as manchas. Gary McMath, chefe de marketing da Cocoon Cam, empresa que fabrica o equipamento usado por Natalie, minimizou o susto. "Quando a câmera está corretamente instalada, a visão do computador deve focar os movimentos do bebê - como andar, dormir ou respirar", disse ao jornal. Segundo ele, as manchas podem ser movimentos de luz, sombras ou cortinas.

No entanto, segundo a reportagem, não há cortinas no quarto - e a resposta do executivo não explica por que as manchas têm formato humano. "Realmente parece que temos atividade de fantasmas aqui", disse o investigador paranormal Joshua Warren à publicação. Para tirar as dúvidas, ele recomenda que os pais instalem mais câmeras em outros ângulos.

Mancha na babá eletrônica - Reprodução - Reprodução
Imagens de movimento captadas por câmera parecem fantasma
Imagem: Reprodução

O jornal ainda cita o caso da executiva Adrianne Wright. Ela tem câmeras da Nest, do Google, que avisam quando há movimentos em um ambiente. Quando ela recebeu um alerta, foi correndo ver o que aconteceu e viu imagens da porta abrindo sozinha. Algumas noites depois, ela disse que ouviu a porta bater novamente e foi conferir a câmera. Foi quando viu um objeto branco voando pelo quarto.

Como tecnologias para bebês têm deixado os pais mais ansiosos

Para além dos casos com supostos fantasmas, os pais têm tomado vários sustos com tecnologias de monitoramento dos bebês.

Nos EUA, meias inteligentes como a da Owlet Baby Care estão se popularizando ao prometer acompanhar batimento cardíaco, níveis de oxigênio e sono dos bebês. No entanto, às vezes o aplicativo perde a conexão com a internet e o serviço fica indisponível - preocupando os pais. "Toda vez que caía o serviço, eu entrava em pânico", disse a programadora Lauren Kichinko a outra reportagem do Wall Street Journal.

Um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa do Hospital Infantil da Philadelphia analisou a Owlet e uma concorrente, a Baby Vida, e descobriu que os aplicativos davam alarmes falsos e não identificavam problemas reais.

Ambas as empresas não são reguladas pela Food and Drug Administration, a agência regulatória da saúde e alimentação nos Estados Unidos

Lauren Gaede, coordenadora de recursos humanos, também comprou uma meia para seu bebê. Certa manhã percebeu que seu filho havia retirado a meia e o alarme não disparou em momento algum. "É assustador porque você está confiando na tecnologia", comentou ao jornal.

Os donos da Owlet reconhecem os problemas."O wi-fi, em especial, é difícil de trabalhar porque há muitos roteadores e provedores de serviço", diz Kurt Workman, CEO e fundador da empresa - que já recebeu US$ 50 milhões em investimentos e tem 30 engenheiros.

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