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Duas cidades nos EUA já baniram o reconhecimento facial em lugares públicos

Marcos Vinícius de Jesus Neri foi flagrado por uma câmera chinesa da Huawei no Carnaval de Salvador e preso - Arte/TAB
Marcos Vinícius de Jesus Neri foi flagrado por uma câmera chinesa da Huawei no Carnaval de Salvador e preso Imagem: Arte/TAB

Do TAB, de São Paulo

02/07/2019 12h02

No Carnaval de 2019, cinco pessoas foram presas no Brasil por causa da tecnologia de reconhecimento facial. Já nos Estados Unidos, algumas cidades começaram a dar o primeiro passo para banir esse tipo de tecnologia. São Francisco e Somerville aprovaram recentemente a proibição do uso de câmeras de reconhecimento facial pelas autoridades.

A proibição foi aprovada em maio deste ano em São Francisco e na semana passada em Sommerville. A cidade de Oakland, na Califórnia, será a próxima a votar uma proposta similar.

A decisão foi tomada com base em evidências científicas. Um estudo do MIT mostrou como a tecnologia de reconhecimento facial ainda é falha com mulheres e pessoas negras. Outra pesquisa de 2018 da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) mostrou que o reconhecimento facial da Amazon combinou 28 rostos de membros do Congresso americano com fotos de presos, um erro que afetou, em grande parte, pessoas negras.

A Axon, empresa que fabrica câmeras policiais nos Estados Unidos, concordou com a decisão tomada pelo governo municipal de Somerville. "Há muitas preocupações reais sobre a precisão do reconhecimento facial e, particularmente, sobre os vieses na forma como ele identifica pessoas de diferentes linhas raciais, étnicas e gêneros", afirmou Barry Friemann, membro do conselho de ética da empresa ao Gizmodo.

"Até abordarmos e mitigarmos esses desafios, não podemos arriscar incorporar a tecnologia de reconhecimento facial ao policiamento. O conselho de ética aplaude a Axon por agir consistentemente com isso."

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