PMs encontram até 'Arca da Aliança' em suposta mansão de traficante no Rio

Uma operação policial na última quinta-feira (13) revelou a existência de duas mansões e um sítio entre as comunidades de Parada de Lucas e Vigário Geral, na zona norte do Rio. Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, a PM, que tinha por objetivo remover barricadas e cumprir mandados de prisão e inibir a expansão dos traficantes, acredita que os imóveis sejam de propriedade de Álvaro Malaquias de Santa Rosa, o "Peixão", tido como chefe do tráfico em toda a região denominada "Complexo de Israel" — que compreende ainda Cidade Alta e outras favelas. Ele está foragido.
Nas comunidades controladas pelo TCP, o Terceiro Comando Puro, a segunda maior facção criminosa do Rio de Janeiro, os muros estão dominados por grafites e pinturas gospel. As casas encontradas pela polícia ostentam lago artificial, piscina e area externa com grama sintética, mas o que surpreendeu foram os elementos religiosos. Um painel grafitado representava o Domo da Rocha, local em Jerusalém. Na casa onde ficava a academia, encontraram uma réplica da Arca da Aliança — citada no Velho Testamento como o local onde ficavam guardadas as tábuas dos Dez Mandamentos.
"A persona de Peixão é cercada de mistério: dizem que ele seria pastor, mas ninguém sabe de qual denominação. Em sua homenagem, pinturas da animação 'Peixonauta' aparecem nos muros de Parada de Lucas", segundo reportagem especial do TAB de maio de 2020, que explica a relação entre o TCP e a fé evangélica. Peixão responde a mais de 20 processos, entre eles tráfico de drogas, corrupção ativa, homicídio e ocultação de cadáver.
O controle do território por parte de criminosos que apoiam o neopentecostalismo tem criado um ambiente hostil a moradores que pertencem a religiões de matriz africana. Leia a reportagem completa do TAB aqui.
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