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Como o PCC dominou áreas de garimpo na Terra Indígena Yanomami, em Roraima

Garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, em 2020 - Chico Batata/Greenpeace
Garimpo ilegal dentro da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, em 2020 Imagem: Chico Batata/Greenpeace

Do TAB

12/05/2023 04h01

Nos últimos dias, mais de dez pessoas foram mortas na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, em uma escalada de violência após tentativas do governo federal de expulsar da região os cerca de 20 mil garimpeiros ilegais. De acordo com relatos de indígenas, pesquisadores e equipes de investigação, o PCC e outras facções criminosas atuam na reserva federal.

A migração dos criminosos começou em 2018, ganhou corpo em 2019, e hoje há integrantes da facção controlando trechos de terra indígena. Além de tráfico de drogas, o PCC explora casas de prostituição, venda de gasolina, alimentos, bebidas e segurança particular.

Em 2022, o repórter Felipe Pereira esteve em Boa Vista, onde obteve informes de inteligência e ouviu um delegado, o chefe de inteligência do sistema prisional e três agentes que confirmaram a atuação de células do PCC em garimpos no estado. Os relatos foram confirmados por uma liderança ianomâmi e um garimpeiro, que falou sob condição de anonimato.

"Atividade bruta praticada por homens estilo Charles Bronson e Chuck Norris, o garimpo tem leis criadas com base em costumes. O indivíduo interessado em explorar uma região de mata simplesmente coloca uma placa com seu nome e fica. Mas o garimpeiro que conversou com o TAB declarou que, nos trechos do Uraricoera dominados pelo PCC, tal regra deixou de vigorar. Ninguém procura ouro sem fechar acordo com a facção", reportou.

Leia a reportagem completa, publicada em 1º de fevereiro de 2022, aqui.