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Raquel Lyra (PSDB) lê carta de agradecimento em missa de 7º dia do marido

A candidata ao governo de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB), ao lado dos filhos, durante missa de 7º dia de seu marido, em Caruaru (PE) - Reprodução/UOL
A candidata ao governo de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB), ao lado dos filhos, durante missa de 7º dia de seu marido, em Caruaru (PE) Imagem: Reprodução/UOL

Do TAB, em Caruaru (PE)

08/10/2022 20h40

A candidata ao governo de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB) participou, neste sábado (8), da missa de sétimo dia da morte do seu marido, o empresário Fernando Lucena. Ele morreu no último domingo (2), após um infarto. A missa aconteceu no início da noite na catedral de Caruaru, no agreste de Pernambuco, cidade da qual Lyra foi prefeita.

Entre as pessoas presentes na cerimônia estavam o ex-ministro da Educação e deputado federal eleito Mendonça Filho (União Brasil), o ex-senador Armando Monteiro (PSDB), prefeitos do interior do estado e vereadores da cidade. A viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, também foi a Caruaru acompanhar a homenagem.

Pela primeira vez desde a morte do marido, Raquel Lyra falou em público. Ela leu uma carta e agradeceu o apoio das pessoas. Lembrou que Lucena a incentivou em todas as decisões da vida. "Para cada passo novo, eu perguntava a ele: 'Nego, será que eu vou dar conta?' Ele dizia: 'Vai em frente, fique tranquila, vai dar certo'", disse ela, ao final da cerimônia.

Fernando Lucena tinha 44 anos. Ele passou mal na manhã do domingo, dia do primeiro turno das eleições. Segundo a equipe da campanha de Raquel Lyra, o empresário teve um infarte fulminante em casa, em Caruaru. O casal estava junto havia 29 anos.

"Eu tive a sorte de encontrar o amor da minha vida aos 14 anos. O Nego sonhou todos os meus sonhos. Não eram sonhos meus, eram nossos", afirmou a candidata. "Desde domingo me questiono, tenho buscado respostas. Me pergunto: por que agora? Como seguir? Mas fico pensando como você me diria nesse momento: 'fica tranquila, vai dar tudo certo'."

A candidata ao governo de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB), na missa de sétimo dia de seu marido - Mateus Araújo/UOL - Mateus Araújo/UOL
Raquel Lyra, na missa de sétimo dia de seu marido
Imagem: Mateus Araújo/UOL

Disputa em Pernambuco

Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra passaram para o segundo turno com uma diferença de 166 mil votos. A deputada federal teve 1.175.651 votos (23,97%), enquanto a ex-prefeita de Caruaru recebeu 1.009.556 (20,58%).

Pela primeira vez, Pernambuco terá uma mulher à frente do governo do estado. O enfrentamento nas urnas envolve o espólio eleitoral de famílias com atuação histórica na política pernambucana, os Arraes e os Lyra. De um lado está a neta do ex-governador Miguel Arraes e prima do ex-governador Eduardo Campos, ambos do PSB (Partido Socialista Brasileiro); do outro, a filha do ex-governador tucano João Lyra Neto.

Em 5 de outubro, a coligação Pernambuco quer Mudar, formada pela federação PSDB-Cidadania e pelo PRTB, pediu à Justiça Eleitoral para adiar o início do horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio por causa do luto de Raquel Lyra. Os partidos queriam que, em vez de na sexta-feira (7), as propagandas começassem na segunda (10).

Na quinta-feira (6), no entanto, o TRE-PE (Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco) negou o pedido após consultar a coligação Pernambuco na Veia, do Solidariedade, PSD, Avante, Agir, PMN e Pros. Os partidos discordaram da mudança de data.

No programa exibido na sexta, Lyra fez uma homenagem ao marido e criticou a adversária pela negativa ao pedido de adiamento.