Guerra entre produtores de 'fungos fantásticos' ameaça mercado em expansão

Embora nunca tenha sido tão fácil adquirir e consumir cogumelos alucinógenos no Brasil, uma verdadeira guerra se instalou entre os vendedores desse produto no país.
Rogério Di Girolamo, 48, dono da loja Natureza Divina e um dos primeiros e maiores vendedores de cogumelos no Brasil, enviou ao menos 25 notificações extrajudiciais para empresas que, de seu ponto de vista, colocam o negócio em risco. A briga já acumula denúncias, prisões e até supostas ameaças de morte.
No cerne da disputa está a questão sobre se cogumelo é droga ou não. A psilocibina, contida nos fungos Psilocybe cubensis, faz parte da lista de substâncias proibidas no Brasil, junto com drogas como a cocaína e a heroína. Porém, a venda de cogumelos inteiros, in natura, é permitida — ao menos por enquanto.
"Nós sabemos que o cogumelo está numa zona cinzenta e pode ser proibido a qualquer momento", diz Girolamo. Sua preocupação, afirma, é com as empresas que vendem "cápsulas de cogumelo feitas em fundo de quintal e receitadas como medicamento", o que tem atraído a atenção das autoridades e pode prejudicar os negócios. Do outro lado, concorrentes se dizem perseguidos pelo dono da Natureza Divina.
Em 2019, o TAB entrou no debate sobre a nova onda das substâncias psicodélicas no país, especialmente o uso de ayahuasca para fins medicinais, recreativos e espirituais. Segundo um estudo de 2018, a substância, muito usada em rituais indígenas, também tem efeitos positivos no tratamento de depressão.
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