Marcha para Jesus, indígenas do Maranhão, a tal casa abandonada e mais
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Bom dia com mais uma newsletter quentinha do TAB e os giros que nossos repórteres deram por aí, do Maranhão ao Japão. Não é força de expressão, não! Nosso especial da semana faz uma radiografia de Viana, a 214 km de São Luís, para recontar o ataque sofrido pelos indígenas Akroá-Gamella há cinco anos. Já no Japão, a gente invadiu um bailão sertanejo que ajuda a matar a saudades dos imigrantes brasileiros com muita sofrência. Passamos também na Marcha para Jesus, em São Paulo, e na tal casa abandonada que tem mexido com a imaginação dos ouvintes de podcast. Sem mais delongas, vem que a gente explicar melhor:
Corpo marcado
As chuvas dos primeiros seis meses do ano criam espelhos d'água nos campos naturais e lagos da Baixada Maranhense. Por eles, as canoas rasgam a vegetação sobre o Lago do Aquiri. Esse visual pode ser conferido no especial da semana, mas por trás da paisagem está uma história trágica vivenciada pelos indígenas Akroá-Gamella. Há cinco anos, fazendeiros e até políticos levaram os moradores locais a agredi-los com tiros e golpes de faca. Dois ficaram mutilados. Até hoje, ninguém foi preso e os indígenas continuam lutando para ter suas terras demarcadas.
Sabadão sertanejo
O repórter Gilberto Yoshinaga conta como a música sertaneja se tornou um fenômeno no Japão: instalados há décadas no arquipélago, muitos imigrantes brasileiros encontram nos "bailões" um modo de amenizar a saudade do Brasil e, ao mesmo tempo, tentar relaxar ante a rotina maçante e as longas jornadas de trabalho nas fábricas japonesas. Acompanhamos as comitivas de dekasseguis ao som de modão e sofrência.
Marche (ou não)!
A equipe do TAB esteve na Marcha para Jesus, maior evento evangélico do país, que voltou às ruas após dois anos parado. O tempo passou, mas os fiéis não arredaram o pé da tradicional marcha em São Paulo — ainda que muitos tenham optado por não comparecer. O motivo? A presença de Jair Bolsonaro. Conversamos sobre o viés político da celebração e o que levou os fiéis a abdicarem ou não da festa.
O bairro da 'casa abandonada'
A essa altura é quase impossível que você não tenha ouvido falar da "mulher da casa abandonada". O podcast caiu nas graças dos tiktokers e, de uma hora para outra, a tal mansão aos pedaços virou uma espécie de cartão-postal no bairro nobre de Higienópolis, em São Paulo. A repórter Cláudia Castelo Branco conta como está a movimentação de moradores, porteiros e curiosos de diferentes cidades na frente da casa onde vive Margarida Bonetti, brasileira procurada pela FBI.
Quem é Zé Pelintra?
Plantado entre dois ícones religiosos (a Catedral Metropolitana do Rio e o Convento de Santa Teresa), os Arcos da Lapa, cartão-postal do capital fluminense, são o cenário de outro tipo de fé. No antigo terreno que separa os Arcos do Convento existe um pequeno altar dedicado a um homem que andou por aquelas bandas há mais de cem anos, segundo a tradição popular. Ele é tratado como santo popular por seus devotos, mas jamais poderia entrar em um convento. Apesar de muito atacado e pichado, ele resiste — e a gente conta essa história aqui.
O 'Chavesverso' é real e não pode te machucar
Kiko vestindo top cropped, Seu Madruga sarado, Dona Florinda funkeira e a bruxa do 71 drag queen. Sim, o Chavesverso existe! A repórter Nina Rocha conta a história da festa temática "El Chavo", voltada para o público LGBTQIA+, que foi realizada na cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, no fim de semana. Inaugurada no Rio, a festa viralizou e agora percorre muitas cidades do país.
Sem raivinha e com aikido
O repórter Leandro Aguiar conta como foi o curso "Uso Adequado da Força", realizado pela Polícia Militar de Minas Gerais. Liderado pelo coronel reformado Alcino Lagares, mestre de aikido, o treinamento tentou ensinar a filosofia da arte marcial japonesa a agentes para reduzir abordagens violentas a cidadãos considerados suspeitos e assim evitar "desgastes à imagem da corporação". "O policial não tem o direito de ir pra rua com raivinha", diz Lagares.
Reino de barras e ferros
Márcio do Carmo mora num pequeno quarto com geladeira, ar-condicionado, armário, TV e uma cama de solteiro. Numa prateleira estão livros como "O Bandido da Chacrete", sobre a trajetória de um dos fundadores da facção Comando Vermelho, e "Cobras e Lagartos", que conta a história do PCC (Primeiro Comando da Capital). "Aqui é meu palácio", diz. À primeira vista, o espaço lembra uma quitinete, mas basta colocar os pés do lado de fora para notar que o endereço é outro: a Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, cravada na área rural de Mossoró (RN). Contamos a história do ex-repórter, alvo do "novo cangaço", que hoje mora na cadeia e dirige a penitenciária.
Da newsletter de Daniela Pinheiro
Na última edição, a jornalista entrevista o ex-banqueiro e empreendedor social Paulo Dalla Nora Macedo, brasileiro radicado em Portugal. O vice-presidente do Instituto Política Viva, um grupo ativo nas discussões e ações para mudar o rumo do Brasil, faz uma análise desse ano eleitoral: "A elite exige de Lula posicionamentos irrelevantes". Para receber por e-mail e ler na íntegra as próximas newsletters da jornalista Daniela Pinheiro, cadastre-se aqui.
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COLUNISTAS
- Matheus Pichonelli | Postura de Bolsonaro diante de morte de petista serve como slogan: 'eu autorizo'
- Michel Alcoforado | Luxo ou muamba? Cópias de marcas famosas fazem a cabeça das elites
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