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CAOScast: poliamor, relacionamento aberto: ficou mais fácil amar ou só parece?

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18/03/2022 04h01

Se tudo muda com o tempo, é natural que o modo com que as pessoas se relacionam mude também.

E porque o jovem contemporâneo não namora, não transa e não casa do mesmo jeito que os avós faziam, lá no século 20, uma das questões atualíssimas é: um relacionamento afetivo precisa necessariamente ser monogâmico?

Esse é o assunto trazido pelo CAOScast. Marina Roale, líder de pesquisa da Consumoteca, comenta que o fenômeno exigiu uma adaptação da velha DR — a "discussão de relacionamento" — para a "DR de status".

"Estamos falando aqui de uma DR contratual das relações. Hoje estamos vivendo uma onda de modelos de relacionamento onde, antes mesmo do primeiro encontro oficial, é preciso colocar os pingos nos is, dar os termos e condições", comenta ela (ouça a partir de 10:15).

A pesquisadora Carmela Moraes vem acompanhando a evolução desse fenômeno e já identifica diferenças de padrão entre os millennials e os da chamada geração Z.

"A galera mais jovem está encarando os relacionamentos de formas cada vez mais diferentes. Enquanto os millennials ainda estão entrando nessa onda, mas com certa dificuldade em se definir, os da geração Z são mais à vontade para arrancar esses rótulos", diz ela (a partir de 4:20).

Nesse sentido, ela avalia que o "deixar tudo mais solto" responde a uma necessidade de viver "a liberdade de ir e vir" sem ter de se "preocupar com o que os outros pensam".

Para a escritora e podcaster Larissa Siriani, a dificuldade que as pessoas têm de entender as relações não monogâmicas é resultado de como a monogamia se tornou regra padrão em nossa sociedade.

"Muita gente nunca parou para pensar e se questionar sobre a raiz da monogamia que elas vivem e as consequências que essa monogamia, como regra, tem", afirma ela (a partir de 8:30).

Larissa enumera — e explica — os diversos tipos de relacionamentos não monogâmicos, enfatizando que as diferenças residem no "tipo de acordo" celebrado entre as partes. Há o poliamor e o relacionamento aberto.

"São vários arranjos possíveis e se pode trabalhar da maneira como faz mais sentido para os envolvidos. O mais importante é que todos estejam cientes, consentindo e discutindo o relacionamento, para que as pessoas se sintam confortáveis e felizes", define (a partir de 21:10).

Para entender melhor o assunto, ouça o episódio completo de CAOScast no player acima.

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